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Economia
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Isabel dos Santos diz que vai recorrer das sanções e provar “mentiras” do Governo angolano
A empresária angolana Isabel dos Santos disse hoje que as sanções que lhe foram aplicadas pelo Reino Unido são injustificadas e anunciou que tenciona recorrer da decisão e provar “as mentiras” que o Governo angolano fabricou contra si.‑
O Governo britânico anunciou hoje que aplicou sanções contra três cleptocratas, entre os quais a filha do ex-Presidente angolano, nomeadamente proibição de entrada no país e congelamento de ativos, no âmbito de uma campanha contra a corrupção.
Isabel dos Santos reagiu por intermédio da sua assessoria de imprensa considerando a decisão “incorreta e injustificada” e voltou a negar que se tenha apropriado indevidamente de dinheiro da petrolífera estatal Sonangol ou da operadora de telecomunicações, Unitel.
“Nenhum tribunal me considerou culpada de corrupção ou suborno. Estamos perante mais um passo na campanha de perseguição politicamente motivada de Angola contra mim e a minha família”, insistiu, afirmando que tenciona recorrer da decisão britânica.
“Espero que o Reino Unido me dê a oportunidade de apresentar as minhas provas e provar estas mentiras fabricadas contra mim pelo regime angolano”, salientou num comunicado a que a Lusa teve acesso.
Para além de Isabel dos Santos, são ainda alvo de sanções a partir de hoje a sócia e amiga Paula Oliveira e o ex-diretor financeiro da Sonangol Sarju Raikundalia.
“Isabel dos Santos, filha do antigo Presidente de Angola, abusou sistematicamente dos seus cargos em empresas estatais para desviar pelo menos 350 milhões de libras esterlinas [420 milhões de euros], privando Angola de recursos e financiamento para o tão necessário desenvolvimento”, afirma o Governo britânico, lembrando que a empresária é alvo de um aviso vermelho da Interpol desde novembro de 2022 e, no mês passado, perdeu um processo no Tribunal de Recurso relativo ao congelamento dos seus bens a nível mundial.
Os seus associados ajudaram Isabel dos Santos a desviar “a riqueza de Angola em seu próprio benefício”, acrescenta-se.
Estão abrangidos pelas sanções outros dois cleptocratas, o ucraniano Dmitry Firtash e o político letão Aivars Lembergs.
Esta é uma mudança radical na forma como o Governo “está a utilizar os seus poderes de sanção para tornar o Reino Unido um ambiente mais hostil para os agentes corruptos operarem”, adianta o governo, sublinhando que “a luta contra a corrupção e o financiamento ilícito é vital para proteger o público britânico do crime organizado”.
As sanções complementam o trabalho que está a ser realizado pelo Centro Internacional de Coordenação Anticorrupção (IACCC), uma unidade de aplicação da lei de âmbito internacional que envolve várias agências e presta apoio em investigações sobre corrupção e apropriação indevida dos ativos de um país.
“O IACCC está atualmente a prestar assistência a investigações em 42 países. Só em Angola, a IACCC prestou apoio na identificação e congelamento de centenas de milhões de libras de produtos do crime”, refere-se no documento.
O IACCC ajudou já a identificar 1,45 mil milhões de libras em ativos ocultos (1,74 mil milhões de euros), dos quais 631 milhões de libras (757 milhões de euros) foram congelados por ordens judiciais, e permitiu 49 detenções de pessoas politicamente expostas ou de agentes corruptos.
Sociedade
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João Lourenço expressa profundo pesar pelas vítimas de acidente de viação no Cuanza Norte
O Presidente da República, manifestou profundo pesar pelas vítimas do trágico acidente ocorrido ontem na província do Cuanza Norte, que envolveu um autocarro com dezenas de ocupantes. O veículo, que transportava cidadãos que haviam participado de eventos cívicos na cidade de Ndalatando, sofreu um despiste, resultando na morte de cinco pessoas e deixando mais de quarenta feridos.
Em sua mensagem, o Chefe de Estado expressou sua consternação com o ocorrido: “Foi com profunda consternação que tomei conhecimento do trágico acidente ocorrido ontem, quando o autocarro que transportava alguns populares que tinham participado em atos cívicos na cidade de Ndalatando sofreu um aparatoso acidente de viação, provocando vários mortos e dezenas de feridos.”
João Lourenço se solidarizou com as famílias das vítimas fatais e desejou a recuperação dos feridos, lamentando o trágico desenlace ocorrido logo após um momento de celebração e união. “Gostaria de expressar os meus profundos pêsames aos familiares das vítimas mortais e desejar o rápido restabelecimento dos que ficaram feridos, lamentando que tenha sido esse o desenlace do clima vivido em festa por todos pouco antes”, afirmou.
Opinião
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