Esta confirmado, o empresário israelita Haim Taib, que desde o início da pandemia tem beneficiado de vários contratos directos do Estado, vai ficar com o monopólio dos testes da COVID 19, efectuados no sector privado por aqueles que desejam viajar ou regressem ao país, a partir de 30 de junho, altura da reabertura do espaço aéreo.
O Confindence News apurou de fonte abalizada no assunto, que o governo não vai recuar da sua decisão tomada há dias, por considerar que Haim Taib é o empresário melhor posicionado para o efeito.
Na linha da frente para gerir o negócio, estará a clínica Luanda Medical Centre que dispõem de duas unidades em Luanda, uma na baixa da cidade e outra em Talatona, que está a cobrar 185.500 kwanzas por teste.
Vozes da sociedade têm mostrado receios com a atitude do governo, que pode afugentar o povo. “O teste da COVID não pode ser um negócio para privados”, alertou o jornalista Graça Campos numa estação radiofónica de Luanda, recentemente.
“Sabemos como funciona o nosso mercado, a nossa economia. É uma economia sem regras”, referiu, acrescentando que vai ser um descalabro porque a maior parte das pessoas não vai ter capacidade para suportar as despesas.
O jornalista solicitou ao governo que os testes fiquem sob alçada dos hospitais públicos sem nenhum custo para o cidadão, pois, afirmou, é única forma das pessoas aderirem “macissamente aos testes”.
Actualmente, um teste em Angola, está a custar quase duzentos mil kwanzas.
No Facebook, o Presidente da Comissão Executiva do banco BAI, Luís Filipe Lelis, lamentou os elevados preços aplicados para se fazer o teste diagnóstico para à COVID-19.
Enquanto membro da sociedade civil, escreveu, “não posso ficar a observar e simplesmente ficar calado perante eminente acção de especulação que se preparam para praticar.”
“Informo que tenho informação fidedigna de que o custo unitário dos testes rápidos WONDFO COVID-19 e dos respectivos kits de recolha. O custo total é de €10 (dez euros) (FOB Shanghai).”
Esclareceu, que “mesmo que eventualmente se incluam mais €10 (dez euros) para despesas de transportação e desalfandegamento e mais €20 (vinte euros) para obter os resultados e outros €40 (quarenta euros) para a consulta o total será de €80”.
“Cobrar €460 (Kz 275.000) para fazer testes é imoral e quem sabe mesmo criminoso”, desabafou.
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