Líderes religiosos têm manifestado indignação com o governo de João Lourenço, a quem acusam não reconhecer o papel da Igreja na sociedade.
A razão do “irritante”, soube o Confidence News, são as medidas que o governo vem tomando em relação as igrejas, que se reflectem na redução de privilégios e restrições à sua liberdade.
Uma dessas medidas foi a “Operação resgate” – lançada em finais de outubro de 2018, que levou ao encerramento de várias centenas de igrejas e levou a prisão alguns pastores.
Outro aspecto, apontou um líder que falou ao Confidence News, é a aprovação de uma lei que interfere na liberdade de culto.
O governo passado, recordou, apoiou muito as igrejas, tanto as novas como aquelas mais antigas, na construção de templos, com meios de transporte, reconstrução das missões e de outros projectos sociais.
Além da Igreja Católica, beneficiaram de apoios na era de José Eduardo dos Santos, as Igrejas Metodista – para criação da sua rádio e da universidade, Tocoísta que beneficiou de um instituto superior e uma rádio. A reconstrução das missões de igrejas evangélicas como a IERA, IECA, Baptista e outras pentecostais, também beneficiaram de apoios, afirmou.
Outra apoio dado as igrejas, revelou, foi colocar pastores que tinham aptidões como professores em escolas próximas as suas comunidades.
JES, de acordo com o nosso interlocutor, “era mais acessível e sensível” aos apelos dos líderes religiosos. Acrescentou que vários líderes religiosos solicitaram recentemente ao Presidente da República a reabertura dos templos uma vez que o governo reabriu shoppings, bares e praças.
Os religiosos, informou, não entendem o que leva o governo a abrir uma praça onde por dia passam milhares de pessoas e a deixar encerrada uma igreja que receberia por dia cerca de 200 pessoas com todas as condições de segurança.