A corrupção, o nepotismo e a impunidade têm causado elevados prejuízos ao povo, disse João Lourenço em várias ocasiões, desde que se tornou Presidente da República.
Em sentido contrário ao das suas palavras, os seus parentes, com o seu consentimento, têm estado a mergulhar profundamente no mundo dos negócios com o Estado.
Gaspar Lourenço, irmão do chefe de Estado, deixou o emprego que tinha na petrolífera Sonangol, para se dedicar aos negócios. Edith Lourenço Catraio,quadro do ministério das relações exteriores há mais de 30 anos, direccionou suas baterias para o mundo dos negócios e com o português Paulo Domingos, desenvolve actividades nos sectores dos diamantes, energia, construção e de acordo com fonte fidedigna, agora tenciona ficar com as acções da Sonangol no banco Totta.
Sequeira Lourenço, outro irmão do Presidente, também manifestou sinais que apontam para uma disputa renhida entre irmãos, para ver com quem conseguirá ficar com a ambicionada fatia no banco de origem portuguesa.
Solicitado a comentar o assunto, uma figura do partido do no poder, disse ao Confidence News que estão patentes os sinais de que o combate a corrupção e ao nepotismo não passou de pretexto para enfraquecer o poder da família dos Santos.
Entre os dos Santos e os Lourenços, desabafou, a diferença reside no facto dos primeiro terem passado sectores estratégicos do país em seu nome e os outros estarem a usar testas de ferro para conquistar o poderio económico.
O político, acredita que um dos Lourenços ficará com a participação da Sonangol no banco TottA, porque o Presidente ao longo do seu consulado tem preterido os concursos públicos pela adjudicação directa e simplificada, a pessoas de conveniência.
Sabe que o Confidence News, que o Presidente já autorizou a realização de tal procedimento.