COVID 19: governo angolano toma decisões sem respaldo científico

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As decisões que têm sido tomadas pelo governo angolano para o combate a COVID 19, estão a preocupar a sociedade pela falta de fundamento científico.  

Os prejuízos de “tal empirismo”, de acordo com pesquisas do Confidence News, podem ultrapassar as centenas de milhões de dólares e deixar a economia angolana numa situação crítica, além de problemas a saúde mental da população.

Um médico entrevistado pelo Confidence News, defendeu ser necessário reformar a comissão interministerial, para deixar de ser um órgão “meramente político” e passar a contar com outras sensibilidades do meio académico e científico, o que ajudaria a tomar medidas mais assertivas e efectivas para combater o vírus.

Recentemente importantes figuras da sociedade angolana reprovaram uma medida que torna obrigatório, aos motoristas, o uso de máscara, ainda que estejam sozinhos em suas viaturas.

Na sua conta no Facebook, o jornalista Ismael Mateus, lembrou que no início do confinamento em Angola, alertou para a necessidade de se não tomarem medidas que levassem os cidadãos a desafiar a autoridade. “Foi  assim com o horário do mercado informal, que teve de ser ajustado às necessidades das pessoas ou com o trabalho dos kupapatas, que apesar  da proibição, resistiu e continuou a ser feito.”

Obrigar as pessoas a usar máscaras dentro do carro mesmo estando sozinhas é uma medida excessiva, um abuso sem qualquer justificação, advertiu o jornalista. O coro de protestos, juntou-se o político Justino Pinto de Andrade, que no Facebook questionou a medida.

“Só falta imporem o uso da máscara na cama, sentado na pia ou durante o banho… Não brinquem connosco”, avisou.

Prejuízos para a economia preocupa economista

O encerramento prolongado das fronteira, sem justificação plausível, é outra medida política que está a afundar a economia do país, que mesmo antes da COVID 19 já estava de rastos, alertou um economista ouvido pelo Confidence News.

Está a atrasar a economia e a afastar o investimento estrangeiro, necessário para o reeguer da economia, disse. Apontou países como Quénia e Etiópia – que disputam com Angola a atracção de investimento directo estrangeiro em Áfirca – como sendo países que conseguiram tomar medidas equilibradas para combater a pandemia e recuperar a economia.

Ó executivo deve ser cauteloso para não tomar medidas que combatam a pandemia e ao mesmo tempo a economia, rematou.

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