“Sobre o boletim de voto, hoje com a alteração da lei (sobre as eleições gerais) diz-se que em cada assembleia de voto deve haver até 750 pessoas e apesar dessa alteração a CNE (Comissão Nacional Eleitoral) encomendou pacotes de 100 boletins de voto”, disse hoje à Lusa o mandatário do PHA, Nsimba Luwawa.
Mesmo com a alteração da lei, observou o político, “a CNE encomendou volumes de 100 boletins de voto, para cada assembleia, mas pode se ver que há aqui um excesso, ou seja, aqueles boletins que sobrarem que tratamento vai se dar a esse excesso?”, questionou.
“Que garantias a CNE tem para o controlo desse excesso”, voltou a questionar o mandatário do PHA, partido que viu indeferido, no sábado passado, o seu pedido de esclarecimentos sobre a falta de publicação da lista de eleitores por meses de voto.
Segundo o porta-voz da CNE, Lucas Quilundo, este pedido do PHA, partido concorrente às eleições de 24 de agosto, foi indeferido pelo plenário do órgão eleitoral por ter sido feito “fora do prazo”.
Hoje, Nsimba Luwawa explicou que a reclamação indeferida faz parte de um pacote de reclamações remetidas à CNE, referindo que a entidade eleitoral respondeu “parcialmente” às suas reclamações.
“Na verdade foram vários pontos que nós levantamos, alguns eram pedidos de reclamação e outros gostávamos mesmo que nos respondessem”, frisou.
“Por exemplo, levantamos uma questão em relação ao boletim de voto, levantamos a questão ligada à lista de eleitores por mesa, também levantamos a questão ligada à votação fora do local designado”, realçou.
Para o mandatário do partido liderado por Florbela Malaquias, advogada e antiga jornalista, a questão sobre a votação fora do local está centrada sobretudo aos delegados de lista.
“Sobretudo das pessoas que vão trabalhar nas mesas das assembleias de voto, sobretudo os delegados de lista, quisemos saber da CNE quais as condições de segurança para estas pessoas e a outra questão tem a ver com as atas das mesas de voto”, frisou.
Grande parte “dessas nossas preocupações”, adiantou, “não foram respondidas” pela CNE: “Por isso, já nos posicionamos e mandamos o nosso posicionamento hoje”, concluiu Nsimba Luwawa.
As eleições gerais angolanas, quinto escrutínio da história política do país, estão marcadas para 24 de agosto e oito formações políticas, em campanha eleitoral desde 24 de Julho passado, caçam o voto pelo país.
Rtp