Covid-19: “É mais importante manter as pessoas vivas do que realizar eleições autárquicas”

O País não tem condições financeiras para realizar, “em bom rigor”, as primeiras eleições autárquicas, diz o empresário e administrador do Grupo FF.

Fernando Ferreira que falava em entrevista ao Vanguarda afirmou que, sem “querer ser pessimista” o País não deverá conseguir aguentar o choque da COVID-19, evitando a fome e a miséria devido a baixa do preço do petróleo no mercado internacional.

“Não tenho por hábito fazer comentários políticos, porém, vou abrir uma excepção. Sem querer ser pessimista não sei se vamos conseguir evitar a fome e a miséria resultante da baixa do preço do petróleo no mercado internacional e da COVID -19, por isso vou ao extremo”, referiu.

Segundo Fernando Ferreira, os recursos financeiros alcançados para às eleições seriam “muito melhor empregues na luta aos desafios sanitários” que o País deverá enfrentar. “Realizar eleições num contexto de pandemia, com os naturais ajuntamentos, terá consequências gravíssimas ao nível da Saúde Pública”, assinalou o empresário para quem “é importante manter viva a democracia, mas é ainda mais importante manter as pessoas vivas”, ressaltou.

Hoje, alertou o empresário, Angola devia decretar Estado de Salvação Nacional, para fazer face aos desafios que o País vai enfrentar do ponto de vista económico e social.

“O Presidente João Loureço tem o apoio da população e, certamente, terá o apoio da oposição que deve igualmente fazer parte desse governo de Salvação Nacional”, defendeu, acrescentando que, “é para este tipo de eventos que serve o Estado de Salvação Nacional para mobilizar todos os recursos, e com rapidez, no sentido de lutar contra um inimigo externo e comum, a COVID-19.

“Não é possível pensar noutra coisa que não seja a sobrevivência. Não é possível governar de outra forma, hoje, sem que a sobrevivência esteja no centro de todas as decisões”, alertou o empresário e administrador do Grupo FF, referindo-se a não realização das eleições autárquicas, previstas para este ano.

“Em breve, o mundo inteiro derrotará a doença, mas até lá, temos de nos concentrar nesta luta. De nos unirmos e de lutarmos”, exortou. Vanguarda

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