Máfia das divisas afectou companhias aéreas equacionam abandonar operações em Angola

Várias companhias aéreas ponderam reduzir as suas frequências ou mesmo deixar de operar em Angola nos próximos dias, o que vai reduzir a oferta de viagens internacionais e colocar no desemprego muitos cidadãos.

De acordo com fonte do Negócios de Angola, há algum tempo que as companhias que operam em Angola têm o seu dinheiro retido no país por dificuldades na obtenção de divisas para a expatriação dos seus lucros.

Turkish Airlines, Qatar, Air France, Lufthansa, Ethiopian Airlines, Airlink, Emirates Airlines e TAP, são as companhias internacionais que operam em Angola, sendo as duas últimas, que realizam maior número de voos.

Recentemente o jornal Valor Económico, ecoou a denúncia do presidente da comissão executiva de uma das cinco maiores instituições bancárias do país, dando conta que o mercado cambial estava a ser tomado por um “índice elevado de falta de transparência”, com o banco central a ligar para operadores petrolíferos para fazerem vendas de divisas direcionadas.

Ao comentar o assunto, um economista consultado por este portal, disse que a falta de estratégias para mitigar o problema das companhias, além de dificultar a vida dos passageiros e atirar para o desemprego muitas pessoas, vai comprometer o programa do Executivo com o novo aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, que segundo o Presidente da República, será inaugurado ainda este ano.

Será um elefante branco se as companhias internacionais deixarem de operar no país, afirmou o economista, que realçou o elevado investimento feito pelo governo neste empreendimento.

Por outro lado, assegurou, faltam estratégias para fomentar o turismo que poderia dinamizar aquela infra-estrutura, já que actualmente as viagens de negócios são o grande motivo de entrada de estrangeiros em Angola.

Dados oficiais indicam que Angola previa receber cerca de 5 milhões de turistas.

Fonte: Negócios de Angola

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