Empresário não teve idoneidade para ser sócio maioritário do banco, foi obrigado a transferir ao filho e a mulher.
Consultas realizadas aos relatórios do Banco Valor, revelam que o empresário português Alvaro Sobrinho, mergulhado no escândalo que fez falir o BES Angola arrastando as makas ao Banco Económico, deixou de ser dos principais accionistas do banco sedeado em Angola.
Sobrinho transferiu as acções ao filho Gonçalo Afonso Dias Madaleno, com 45,121%, e a mulher Ana Seixas Dias Madaleno com 34,547%.
O Banco Valor, do empresário e banqueiro Álvaro Sobrinho, terminou o primeiro trimestre fora da lista dos bancos que têm de reforçar, até 31 de Outubro, o seu capital social para se conformar à directiva do Banco Nacional de Angola que obriga os bancos a aumentarem o capital social mínimo de 7,5 mil milhões para 15 mil milhões de kwanzas.
Na altura do aviso, em Outubro de 2022, o banco, que tinha Álvaro Sobrinho como principal accionista com 57,59%, tinha o capital social fixado em mais de 9,2 mil milhões de kwanzas. Manteve este valor até ao final de 2022, mas, no primeiro trimestre do ano, de acordo com os números do balancete trimestral, aumentou 5,5 mil milhões de kwanzas, fixando o capital social em pouco mais de 15 mil milhões de kwanzas.
Fonte: Angola-Online
