Angola afasta-se da Rússia e aproxima-se dos EUA

O Presidente angolano tem adotado uma “diplomacia de jogo de cintura” com a Rússia e os EUA, comenta o analista Osvaldo Mboco em entrevista à DW. Mas Luanda parece aproximar-se cada vez mais de Washington.

O secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, afirmou hoje em Luanda que os Estados Unidos estão a aprofundar a parceria com o Governo angolano “na modernização militar, formação, segurança marítima e prontidão médica”. Realçou ainda que há um trabalho conjunto que está a ser feito em áreas como as alterações climáticas, serviços de inteligência ou operações de paz.

Angola quer apetrechar o seu Exército com armas norte-americanas, e os EUA elogiam o papel do Presidente angolano, João Lourenço, na estabilização da região. Aparentemente, a cooperação traz grandes benefícios a ambos os lados. Mas em que ponto fica a cooperação histórica com a Rússia?

Em entrevista à DW África, o analista angolano para questões internacionais Osvaldo Mboco refere que João Lourenço tem aproveitado a competição entre as grandes potências mundiais para obter “as maiores vantagens” possíveis. Entende, porém, que Luanda está “gradualmente” a voltar-se para os EUA.

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