Angola assinala, esta segunda-feira (15.01), o Dia dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, uma homenagem aos angolanos que, durante a luta contra o regime colonial português, deram o seu melhor pela liberdade, culminando na Independência Nacional a 11 de novembro de 1975.
Contudo, esta celebração é este ano marcada pela insatisfação deste grupo social, que lamenta as suas baixas pensões – cerca de 23 mil Kwanzas, o equivalente a 25 euros.
Em entrevista à DW, o antigo combatente e ex-deputado angolano, Makuta Nkondo, sublinha ainda que, para além das questões monetárias, há outro problema por resolver: nem todos os que contribuíram para a independência e reconciliação nacional estão a ser devidamente valorizados.
“A vida dos antigos combatentes em Angola é dura. Os que têm sorte de ser considerado antigo combatente recebem 23 mil kwanzas por mês [equivalente a 25 euros]. Eu sou um antigo combatente pela UPA e a minha pensão de reforma é de 23 mil kwanzas, pagos irregularmente – não tem data fixa, cai quando eles querem.”
No entento, Makuta lembra que nem todos os antigos combatentes que lutaram durante a guerra fratricida do MPLA contra a FNLA contra a UNITA são considerados. “Existem vários tipos de antigos combatentes: há antigos combatentes que não são combatentes, são membros do MPLA ou que já passaram pelo MPLA, e independentemente da sua idade, estão inclusos numa caixa social.”