Isabel dos Santos criticou duramente o Presidente João Lourenço, acusando-o de trair o legado de seu pai, José Eduardo dos Santos, e a história de Angola.

Em suas declarações à rádio angolana Essencial, Isabel, cujo paradeiro atual não revelou, defendeu o seu pai como um líder pacífico com um estilo de gestão inclusivo, muito diferente do actual Presidente.

A empresária apontou uma redução de mais da metade no valor da economia angolana sob a administração de João Lourenço.

Referindo-se às ações judiciais contra ela, Isabel classificou-as como uma farsa e insinuou que Lourenço, aspirando a um terceiro mandato, procura tirar o poder economico a quem pode concorrer ou apoiar um potencial rival. Embora hesitante, Isabel deu a entender em suas respostas que pode considerar concorrer às eleições de 2027.

Isabel criticou as declarações do Procurador Geral da República sobre seu caso, questionando por que outros administradores da Sonangol, que colaboraram com ela nas decisões, não foram incluídos nas investigações.

Isabel também expressou descrença na capacidade da Procuradoria Geral da República de investigar todos os administradores da Sonangol, mencionando que havia fornecido um relatório sobre o estado da empresa a João Lourenço quando ele ainda era candidato. Além disso, ela questionou o silêncio em torno de acusações anteriores contra ex-administradores da Sonangol, como Manuel Vicente, Baptista Sumbe e Orlando Veloso.