O mistério em torno da cedência indirecta das acções de Higino Carneiro no Banco Keve ao Grupo Carrinho, através de um seu delfim, Rui Campos, começa agora a ser descoberto.
Como o Banco Keve passou das mãos do conhecido general 4×4 para o grupo empresarial que mais cresce em Angola, é uma questão que já mereceu muitos comentários, perguntas e poucas respostas concretas.
Segundo uma fonte do Confidence News, desvendar os segredos em torno deste negócio é missão muito difícil por causa das engenharias montadas e dos engenheiros envolvidos para a concretização do negócio.
O certo, assegurou a fonte, é que o general Higino Carneiro, entregou as suas acções para garantir a sua liberdade, um negócio em que ainda não foram revelados todos os envolvidos, mas que a fonte diz também haver envolvimento do Palácio da Cidade Alta.
O processo de aquisição de uma participação no Banco Keve pelo Grupo Carrinho envolveu várias tentativas dificultadas por obstáculos regulatórios. Uma dessas tentativas incluiu um esquema de financiamento por parte do Grupo Carrinho, que não foi bem recebido pelo BNA devido à natureza não bancária do grupo. O regulador solicitou mais esclarecimentos, especialmente sobre a capacidade financeira de Rui Campos, ligado ao Grupo Carrinho, de investir no banco se necessário.
O Grupo Carrinho controla atualmente o Banco de Comércio e Indústria (BCI) e o Banco Keve, tendo também mostrado interesse em comprar o BFA, mas o processo foi temporariamente paralisado pelo grupo BPI, dono do referido banco.