O mais recente aviso do Banco Nacional de Angola (BNA), datado de 22 de março, faz uma revelação surpreendente que coloca em cheque o sistema financeiro de Angola.
O Banco Central Angolano, “inadvertidamente” expôs a existência de práticas bancárias questionáveis no país, incluindo a abertura e manutenção de contas anônimas ou sob nomes fictícios.
Surpreendentemente, a diretiva destaca uma prática até então desconhecida do público: a existência de contas anônimas ou registradas sob nomes claramente fictícios nas instituições financeiras do país. Esse procedimento, agora proibido pelo BNA, lança uma sombra sobre a integridade e segurança do sistema bancário angolano.
Além da questão das contas anônimas, o aviso estabelece diretrizes rigorosas para as transações financeiras e a gestão de clientes, incluindo a implementação de procedimentos de diligência reforçada para organizações sem fins lucrativos e a realização obrigatória de avaliações de risco pelas instituições financeiras a cada 12 a 24 meses.
O banco central angolano também enfatiza a importância da cooperação e troca de informações entre bancos para a eficácia da prevenção ao branqueamento de capitais, além de exigir a criação de canais específicos para comunicação de irregularidades e uma avaliação criteriosa da confiabilidade dos colaboradores designados para funções sensíveis.
O referido aviso, segundo o BNA visa fortalecer o quadro regulamentar angolano, enfatizando a necessidade das instituições financeiras manterem informações detalhadas sobre transações superiores a 15 mil dólares. Essa diretriz é uma tentativa de atenuar os riscos associados ao branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e proliferação de armas de destruição em massa.