“A nossa causa era a mesma que a do povo português”, diz João Lourenço em discurso alusivo as comemorações do 25 de Abril em Lisboa

O Presidente João Lourenço, destacou nesta quinta-feira, os fraternais laços de amizade entre os povos das ex-colônias portuguesas e o povo português, bem como a profícua e mutuamente vantajosa cooperação económica entre os respectivos países.

Discursando em Lisboa, sobre a importância histórica da Revolução dos Cravos, durante as celebrações do 50º aniversário do 25 de Abril, o Chefe de Estado angolano referiu que a causa do povo português era a mesma dos povos das colônias e que a derrota do fascismo em Portugal foi fruto de uma luta entre os povos oprimidos.

“A nossa causa era a mesma que a do povo português e, por isso, juntos lutámos e juntos vencemos o mesmo inimigo, o colonialismo e a ditadura fascista de Salazar e Caetano.”

De acordo com Lourenço, a Revolução de Abril inaugurou uma nova fase da história da nação portuguesa, que conseguiu estabelecer nos anos que se seguiram uma democracia criativa, vibrante e inclusiva, capaz de manter relações fraternais com as suas antigas colónias, assentes na partilha de um património linguístico, histórico e cultural comum.

O líder angolano, recordou que depois de terem alcançado suas independências nos anos 70, alguns países, como Angola e Moçambique, tiveram de enfrentar ainda a invasão dos seus territórios pelas forças do regime do apartheid da África do Sul e seus protegidos internos e que só graças à determinação dos seus povos “em não aceitar uma nova dominação, enfrentámo-los em várias frentes, culminando com a derrota na histórica batalha do Cuito Cuanavale em Angola aos 23 de Março de 1988, acontecimento que mudou de forma irreversível a correlação de forças no tabuleiro do xadrez político da África Austral.

“O desafio de hoje é o da consolidação da democracia, da diversificação e fortalecimento das nossas economias, do aumento da oferta de bens e serviços, do aumento das exportações e do aumento da oferta de postos de trabalho para a redução do desemprego”, afirmou.

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