A exoneração do actual Conselho de Administração (CA) do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) deve ocorrer nos próximos dias, conforme revelado por uma fonte ao Negócios de Angola.
De acordo com essa fonte, apenas o atual Presidente do Conselho de Administração do BDA, João Salvador Quintas, deverá permanecer no cargo. Quintas, que está no cargo desde julho de 2023, foi nomeado pelo Presidente da República sob a proposta do Ministro da Coordenação Económica, José de Lima Massano.
A intenção de Massano, segundo a fonte, é dar uma nova dinâmica ao banco para enfrentar os desafios do fomento à produção nacional e da segurança alimentar.
A maioria dos membros da administração do banco, incluindo a Presidente da Comissão Executiva, Patrícia Bernarda Paiva D’Almeida Da Cunha, foram indicados sob a influência do antigo Ministro de Estado para a Coordenação Econômica, Manuel Nunes Júnior.
Há três semanas, o BDA está operando em modo de gestão provisória.
Recentemente, o BDA esteve no centro de uma controvérsia após ter sido revelado que o banco pagou 22 mil libras (aproximadamente 28 mil dólares) para receber o prêmio de “Melhor Banco de Desenvolvimento do Continente Africano” pela revista “International Banker”. Esse pagamento foi realizado pela presidente da Comissão Executiva do BDA, Patrícia Cunha, ao representante da revista, Adam Fox, segundo o site Club-k.
O BDA é uma instituição financeira nacional de desenvolvimento, concebida como um instrumento para a execução da política de desenvolvimento econômico e social do governo. O banco tem como objetivo estimular, fomentar e promover o investimento na atividade econômica e social em Angola, de maneira diversificada e sustentável.
Formalmente, o BDA está subordinado ao Titular do Poder Executivo, atuando através do Departamento Ministerial responsável pela Economia e Planejamento, sob tutela do Ministério das Finanças e supervisão do Banco Nacional de Angola (BNA). Na prática, o Ministro da Coordenação Econômica exerce maior influência nas atividades do banco.
Empresários angolanos têm expressado diversas reclamações em relação ao BDA, destacando principalmente a falta de financiamento adequado, a burocracia excessiva, esquemas e a ausência de um ambiente de negócios favorável.
Fonte: Negócios de Angola