Zuma expulso do Congresso Nacional Africano (ANC)

Jacob Zuma foi suspenso do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla inglesa) em janeiro, depois de ter anunciado que iria apoiar o uMkhonto we Sizwe (MK) nas eleições gerais. Mais tarde, tornou-se o líder e o rosto do partido.

O MK saiu-se melhor do que o esperado nas eleições gerais e obteve cerca de 15% dos votos, um factor importante na perda da maioria do ANC pela primeira vez desde a era do apartheid.

“O ex-Presidente Jacob Zuma contestou ativamente a integridade do ANC e fez campanha para tirar o ANC do poder, ao mesmo tempo que afirmava não ter cortado a sua filiação”, declarou esta segunda-feira (29.07) à imprensa o Secretário-Geral do ANC, Fikile Mbalula.

“Esta conduta é irreconciliável com o espírito de disciplina organizacional e com a Constituição do ANC”, acrescentou.

O partido MK já reagiu criticando o processo do ANC e condenando “graves injustiças” contra Jacob Zuma.

“O Presidente Zuma vai contactar a sua equipa jurídica para determinar urgentemente o curso da ação”, afirmou.

Zuma dispõe de 21 dias para recorrer da decisão, declarou o ANC.

Zuma tem estado em desacordo com a liderança do ANC desde que foi forçado a deixar o cargo de líder do partido em 2018 e tem repetidamente atacado o seu sucessor, o presidente Cyril Ramaphosa.

O ANC obteve 40,18% dos votos nas eleições, contra os 57,50% que obteve em 2019, o que o obrigou a formar um Governo de coligação pela primeira vez desde que assumiu o poder no final do apartheid em 1994. O MK é agora a oposição oficial.

Fonte: DW

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