China pressionou OMS

China pressionou OMS

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Relatório dos serviços secretos alemães revela que presidente chinês ligou a Tedros Ghebreyesus em janeiro a pedir que não revelasse que o vírus se transmitia de humano para humano. OMS nega contacto

Os serviços secretos alemães acreditam que no dia 21 de janeiro, o líder da China, Xi Jinping, ligou ao diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, a pedir que reservasse informação de que o vírus se transmitia de humano para humano e adiasse a declaração mundial de pandemia.

A revelação consta de um relatório do Bundesnachrichtendienst divulgado pela revista alemã Der Spiegel, mas já foi desmentida pela OMS.

Na sequência da notícia da Der Spiegel, a Organização Mundial de Saúde emitiu um comunicado a dizer que a revelação da revista alemã de “uma conversa por telefone entre o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, e o presidente Xi Jingping, da China, são infundados e falsos”.

O mesmo comunicado diz que “o Dr. Tedros e o Presidente Xi não falaram no dia 21 de janeiro e nunca falaram por telefone“.

Sete dias depois da alegada chamada, a 28 de janeiro, o líder da OMS e o presidente chinês tiveram um encontro presencial em Pequim.

A OMS diz ainda que estas notícias “imprecisas distraem e prejudicam os esforços da Organização Mundial de Saúde e do mundo para acabar com a pandemia de Covid-19” e acrescenta que “a China confirmou a transmissão de humano para humano do novo coronavírus em 20 de janeiro”.

A declaração de pandemia, no entanto, só ocorreu no dia 11 de março.

O relatório das secretas alemãs revelado pela Der Spiegel estimava ainda que devido à política de informação seguida pela China o mundo perdeu “quatro a seis semanas no combate ao vírus”.

A reportagem da revista alemã vem dar força aos que acreditam, como o presidente dos EUA, Donald Trump, que a China escondeu informações do resto do mundo.

Os Estados Unidos estarão também a investigar a atuação da China neste processo e há mesmo dois Estados (Missouri e Mississipi) que vão processar Pequim. A Austrália também quer uma investigação à China em nome da “transparência”.

Na Alemanha o tablóide alemão Bild apresentou uma conta à China no valor de 149 mil milhões de euros, acompanhada da frase: “É isto que a China já nos deve”.

Há vários países que estão a rever as relações diplomáticas com a China na sequência desta pandemia.

 

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