BPC regista maior prejuízos dos últimos três anos

BPC regista maior prejuízos dos últimos três anos

BPC regista maior prejuízos dos últimos três anos

O banco reduziu o Custos de Funding em 17,4% para 19,1 mil milhões Kz e os Custos Operacionais em 7,3 mil milhões Kz (10,9%), face a 2018.

O Resultado do Banco de Poupança e Crédito em 2019 atingiu o valor negativo de 404,7 mil milhões Kz, o equivalente a pouco mais de 720 milhões USD, segundo revela o relatório e contas da instituição.

O prejuízo contabilizado foi em grande escala o maior dos últimos três anos, ou seja, 1407% face a 2018. Este resultado foi impulsionado essencialmente pelo aumento do reconhecimento das Imparidades de crédito em 171% para 1,2 biliões Kz e outros activos face a 2018, em decorrência da implementação da IFRS9.

De acordo com o Chairman do banco, António André Lopes, O BPC, em particular, tem enfrentado nos últimos anos, enormes desafios quer operacionais, como financeiros e de governação, que vêm condicionando o cumprimento pleno da sua missão e provocam a degradação contínua da imagem e reputação da Instituição.

António Lopes realça na mensagem constante no documento que devido à fraca qualidade dos activos, sobretudo do crédito, que apresenta uma taxa bastante elevada de incumprimento, o Banco tem tido um desempenho negativo, gerando Produtos Bancários insuficientes para cobrir os Custos Operacionais e provocando défices sucessivos de tesouraria, com impacto na sua liquidez e solvabilidade.

Por sua vez, o défice estrutural de liquidez, tem contribuído igualmente para o agravamento do Produto Bancário, uma vez que tem obrigado o Banco a incorrer em elevados custos financeiros, com as tomadas de fundos no Mercado Monetário Interbancário e no BNA, para manter o seu funcionamento e assegurar alguma operacionalidade.

“Assim sendo, em 2019, a actividade do Conselho de Administração focou-se em ultrapassar as dificuldades operacionais, tendo por isso definido como prioridade a modernização dos sistemas de informação, a revisão e melhoria dos processos de negócio chave, a definição e reforço dos controlos, bem como o reforço e melhoria da estratégia de recuperação do crédito vencido, através da adopção de uma postura mais pragmática em relação ao tratamento dos processos de recuperação e reestruturação” assevera.

Neste domínio, o chairman destaca a implementação da campanha “Renascer”, para recuperação do crédito malparado, bem como no domínio do relançamento da actividade comercial, o lançamento do produto BPC Pensionista, um produto de crédito dirigido a todos os pensionistas com rendimentos domiciliados no BPC.

No período em observação o banco reduziu o Custos de Funding em 17,4% para 19,1 mil milhões Kz e os Custos Operacionais em 7,3 mil milhões Kz (10,9%), face a 2018.

Qualidade dos activos e a recapitalização do banco

O ano de 2019, foi também marcado pela realização do exercício de Avaliação da Qualidade dos Activos (AQA), cujo resultado determinou a necessidade de recapitalização do Banco, que conjugado com o diagnóstico realizado pelo Conselho de Administração, eleito em finais de Junho, revelaram a necessidade de actualização do Plano de Recapitalização e Reestruturação (PRR), definido para o período 2017-2021.

“O novo Plano de Recapitalização e Reestruturação do Banco, a ser implementado no período de 2020- 2023, tem como principais objectivos recompor os Fundos Próprios e a Solvabilidade, garantir níveis de liquidez adequados, reduzir os custos operacionais e de funding para níveis mais sustentáveis” aponta o banqueiro e acresce que o PRR vai permitir “sanear a carteira de crédito, reforçar os sistemas de controlo interno e de gestão de riscos e implementar uma plataforma sustentável de negócio, eliminando os constrangimentos operacionais que afectam a imagem e a reputação da Instituição”.

Faz saber que o Conselho de Administração pretende, com a implementação deste Plano, restaurar a sustentabilidade económica e financeira do Banco, assegurar a sua competitividade no mercado nacional e reforçar o foco na actividade de banca de retalho, e com isso, melhorar o nível e a qualidade da prestação de serviço aos clientes e das condições de trabalho.

 

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