O novo centro para tratamento de doentes com coronavírus, inaugurado recentemente pelo Presidente da República, foi equipado pelo influente empresário israelita Haim Taib.
A nova unidade especializada, é fruto de um investimento da petrolífera estatal Sonangol, de três mil milhões de kwanzas (4,5 milhões de euros), localizada no município de Viana, em Luanda.
A infraestrutura é uma extensão da clínica Girassol, tem capacidade para 91 camas, 30 das quais para doentes em estado crítico.
Taib é um empresário que detém vários investimentos em Angola e tem fortes ligações com políticos desde o tempo de José Eduardo dos Santos. Neste período de pandemia, já forneceu vários serviços ao Ministério da Saúde, incluindo testes de Covid-19 e material de biossegurança. Segundo as nossas fontes, é o empresário com maior influência junto da Comissão Interministerial de combate ao Covid19.
Desde que a Covid-19 afectou Angola, o empresário Taib já facturou com a prestação de serviços ao governo, cerca de 20 milhões de dólares. No entanto, vários empresários desconfiam que o empresário israelita esteja a ser usado apenas pelos membros influentes da comissão interministerial para lavar dinheiro.
Num momento em que no mundo inteiro empresários mobilizam fundos privados para doarem aos governos para combater a pandemia, em Angola, um pequeno grupo de empresários ligadas à elite política, continua a fazer milhões a custa deste mal que afectou o mundo.
Contrariamente ao que vem dizendo reiteradas vezes João Lourenço, as práticas do governo de JES continuam presentes e bem patentes.
Dos seus negócios destacam-se na saúde, o Luanda Medical Center, Yapama e outros no ramo das telecomunicações, fornecendo ao Estado sistemas de vigilância activa para forças militares e serviços de informações, através de uma outra empresa, a Geodata.
É responsável pelos projectos Aldeia Nova e Aquafish (de pescas) e ainda no sector das água e saneamento, opera através da empresa Owini, parceira do Ministério da Energia e Águas.
Haim Taib, é presidente do grupo Mitrelli criando no princípio da década de 2000, que teve como actividade principal, fornecer equipamentos de segurança aos serviços de inteligência de Angola.