O líder da UNITA e coordenador da Frente Patriótica Unida, Adalberto Costa Júnior, criticou severamente a Administração Geral Tributária (AGT), acusando-a de sufocar os empresários colocando-os no limiar da falência.
Costa Júnior destacou que a AGT tem “assaltado” as empresas, levando muitas delas à beira da falência e contribuindo para o aumento do desemprego. “As empresas estão assaltadas e sufocadas pela AGT, vivem no limiar da falência e desesperam para não irem engrossar o elevado desemprego no país,” afirmou.
O líder da oposição também abordou a situação social do país, que, segundo ele, resulta da “saga de acumulação de capital por uma elite” que não contribui efetivamente para a criação de riqueza nacional e exporta constantemente os recursos. “Essa governação virou as costas ao povo, aos empresários e ao trabalhador angolano, e as consequências estão à vista para a maioria dos cidadãos,” disse Costa Júnior.
ACJ ressaltou que, devido à má gestão governamental, muitos cidadãos são forçados a formar grupos de sócias para garantir o mínimo de produtos da cesta básica. Além disso, mencionou que a economia está servindo apenas à elite, refletindo-se na inflação elevada, contratação simplificada e créditos adicionais, elementos que, segundo ele, compõem um “desastre econômico”.
Costa Júnior não poupou críticas à gestão pública, destacando o “despesismo exagerado, falta de disciplina orçamental, falta de transparência e a fuga à prestação de contas” como raízes da crise. Ele apontou o abuso das contratações públicas e ajustes diretos como exemplos da falta de transparência no governo.
“No primeiro mandato do atual presidente da República, das 700 contratações públicas lançadas, 508 foram adjudicadas por ajuste direto. De janeiro de 2023 a junho do corrente ano, o titular do poder executivo decidiu pela arrematação de 95,4% de empreitadas por ajuste direto,” revelou Costa Júnior. Ele acusou o governo de entregar contratos milionários por meio do compadrio e do amiguismo.
O discurso também abordou a negligência do governo em relação à agricultura, que deveria ser a base da atividade econômica do país. Segundo Costa Júnior, o presidente, em sete anos de mandato, empurrou os angolanos para a pobreza extrema, levando-os a disputar migalhas e restos de comida no lixo e a se aglomerarem às portas das embaixadas em busca de melhores oportunidades no exterior.
“Em um país rico, os angolanos foram empurrados para a pobreza extrema, ao ponto de disputarem migalhas e restos de comida no lixo e se acumularem às portas das embaixadas para abandonarem o país em busca de melhores oportunidades,” concluiu o líder da UNITA.