O ex-presidente angolano, José Eduardo dos Santos, é acusado de distribuir a riqueza do país à parentes, e pessoas da sua conveniência. Diamantes, petróleo, energia e comunicações são alguns sectores distribuídos aos acólitos.
JES que governou Angola por cerca de 38 anos, beneficiou da conivência e hipocrisia de países ocidentais no saque desenfreado que liderou.
De acordo com organizações que lutam pela boa governação e transparência, Dos Santos tem uma fortuna de mais de 20 bilhões de dólares, em nome de pessoas de confiança, parte considerada guardada em países ocidentais.
Fruto da sua liderança, Angola está mergulhada numa corrupção “endémica”, o sistema de saúde é precário, maior parte da população não tem água nem energia, milhares de crianças em idade escolar estão fora do sistema de educação.
Dos Santos vive actualmente na Espanha, numa luxuosa mansão, “longe dos maus olhares” do povo que colocou na miséria.
Ainda Presidente de Angola, deslocava-se a Barcelona a bordo de jato privado para receber tratamento médico numa unidade de referência, quando o povo que “supostamente governava morria nos hospitais por falta de medicamentos”.
O combate a corrupção “propalado” pelo Presidente João Lourenço, não tem trazido os “resultados esperados” disse um membro da sociedade civil ao Confidence News.
Enquanto alguns sectores da sociedade angolana, aguardam que o ex Presidente venha a ser responsabilizado pelos seus actos, outros não acreditam que isso venha acontecer.
Para Bernardo Sangombe, JES deve ser “exemplarmente punido” com todos os “seus confrades” tão logo terminem as imunidades que goza pelo facto de ter sido Presidente.
O activista defende que se João Lourenço quiser credibilizar a “conversa do combate a corrupção”, deve ser implacável com todos os que com dos Santos “delapidaram o país”.