Angola anunciou, nesta quinta feira (21), a sua saída da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), após divergências significativas sobre os cortes de produção de petróleo.
Essa decisão foi tomada porque as ideias e contribuições de Angola, segundo o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, não estavam mais tendo os efeitos desejados dentro da organização.
A principal questão girava em torno da cota de produção de petróleo atribuída a Angola pela OPEP, que era de 1,11 milhões de barris por dia, uma quantidade considerada insuficiente pelo país.
A medida surgiu na sequência de uma sessão do Conselho de Ministros, que aconteceu esta quinta-feira (21) no Palácio Presidencial em Luanda, sob orientação do Presidente da República, João Lourenço.
“Angola sempre cumpriu com as suas obrigações e lutou o tempo todo para ver a OPEP se modernizar, ajudar os seus membros a obter vantagens. Sentimos que neste momento Angola não ganha nada mantendo-se na organização e, em defesa dos seus interesses, decidiu sair”, explicou aos jornalistas o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, na sala de imprensa do Palácio Presidencial.
“Quando vemos que estamos nas organizações e as nossas contribuições, as nossas ideias, não produzem qualquer efeito, o melhor é retirar-se. Entrámos em 2006 voluntariamente e decidimos sair agora também voluntariamente. E esta não é uma decisão irreflectida, intempestiva”, referiu o Ministro ao comunicar a medida.
A decisão de Angola se retirar da OPEP foi no mesmo dia reduzida a decreto, com força de lei, que o Presidente da República, João Lourenço, assinou.