O Presidente João Lourenço, defendeu hoje, em Luanda, que os governos elaborarem políticas públicas voltadas para a cultura de paz que devem estar inscritas nas estratégias nacionais de desenvolvimento dos países.
O presidente angolano falou na abertura da 3ª edição do Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz, Bienal de Luanda, que se subordina ao lema «Educação, Cultura de Paz e Cidadania Africana, como Ferramentas para o Desenvolvimento Sustentável do Continente».
“Devemos procurar aceitar o facto de que promover uma cultura de paz implica a valorização do colectivo, estimula o respeito pelas diferenças, consagra a diversidade como fonte de riqueza a proteger e pode agir como um factor impulsionador do reforço da justiça social, da equidade e da inclusão”, destacou.
Num discurso acompanhado por vários chefes de Estados africanos, João Lourenço referiu que continente é habitado por uma população maioritariamente jovem, que tem naturalmente um conjunto de aspirações e expectativas quanto ao seu futuro, o qual se deve procurar atender levando sempre em consideração o seu papel de força motriz da mudança, da evolução, do progresso, do desenvolvimento e da construção de sociedades criativas e inovadoras.
O estadista angolano, apontou o diálogo inter-geracional como uma referência central da Bienal por permitir estabelecer um intercâmbio de ideias e um espaço de diálogo dentro do qual a combinação entre a sabedoria e a experiência dos mais velhos e a energia criativa dos jovens pode ajudar a fazer a passagem suave e tranquila do testemunho de uma geração para outra.
No discurso, João Lourenço, disse que acompanha “todos com muita mágoa a tragédia humana que se observa em Gaza, perante uma espécie de impotência da comunidade internacional, que se tem revelado incapaz de agir com firmeza e determinação para parar com a mutilação e morte de milhares de seres humanos indefesos e inocentes naquela parte do Médio Oriente”.
Na sua visão, o conflito só tem uma solução possível que assenta necessariamente na criação do Estado palestino, ao abrigo das várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a matéria.
A Bienal de Luanda é uma plataforma de implementação do Plano de Acção para uma Cultura de Paz em África/Atuemos pela paz, adotado em março de 2013, na capital angolana, no Fórum Pan-Africano “Fontes e Recursos para uma Cultura de Paz”, bem como um espaço de fomento do compromisso dos líderes africanos e da sociedade civil do continente com fundamento nas aspirações da Agenda da União Africana 2063, nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU e na “Estratégia Operacional da UNESCO para a Prioridade África 2022-2029”.
O encontro termina na sexta-feira, 24.