João Lourenço preocupado com crescimento e influência dos evangélicos em Angola

Dados da inteligência, em posse do Presidente há algum tempo, apontam para o rápido  crescimento do número de evangélicos e aumento da sua influência na sociedade, facto que têm preocupado João Lourenço, que deseja concorrer a um segundo mandato.

Atento ao que vem acontecendo em vários países, em que os evangélicos pela sua influência decidem o sentido do voto e influenciam governos fortemente na tomada de decisões, o governo de Lourenço vem tomando medidas para reverter a situação, de acordo com fontes do Confidence News.

O encerramento de igrejas, principalmente provenientes da américa do sul – também chamadas (neo)pentecostais, enquadra-se nas medidas de abrandamento da influência desse grupo religioso, disseram, lembrando, não ser a primeira vez que o governo vê-se obrigado a tomar medidas contra movimentos religiosos.

O caso recente da Igreja Universal do Reino de Deus, que levou o governo brasileiro a criar uma comissão para advogar pela Igreja diante do governo angolano, reacendeu os temores da liderança angolana.

Pelo mundo, são exemplos da força evangélica na política a eleição de Jair Bolsonaro no Brasil, Luis Fernando Camacho na Bolivia, Dolnad Trump nos EUA e recentemente Lazarus Chakwera (Malawi), um pastor evangélico que até há poucos dias liderou a oposição.

Por razões linguísticas, angola tem sofrido forte influência do Brasil, onde os evangélicos interferem fortemente na governação do Presidente Bolsonaro.

Influenciados pelo sucesso da  bancada evangélica, um grupo composto por congressistas ligados a diferentes igrejas evangélicas brasileiras, que actuam em conjunto para indicar ministros, aprovar ou rejeitar a legislação de interesse religioso e pautar diversas discussões no parlamento brasileiro, um grupo de jovens pastores angolanos criou o Partido de Crescimento Equilíbrio e Reintegração dos Angolanos – CERA, de olho nas próximas eleições.

No caso do Brasil, a influência dos evangélicos é notória até na política externa.

De acordo com as fontes que temos vindo a citar, esse movimento de religiosos na política fez soar os alarmes da cidade alta, que reforçou a vigilância que já fazia às Igreja.

De recordar, que a luta pela independência do país, teve a participação activa de Igrejas protestantes, que formaram muitos quadros, incluindo Agostinho Neto, Jonas Savimbi e Holdem Roberto.

Quando tomou o poder e para proteger o mesmo, o governo do MPLA reduziu a influência dessas igrejas e anos depois começou a mandar para as instituições de formação de pastores agentes da segurança do Estado, visando acompanhar de perto as actividades destas Igrejas.

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