País está bloqueado e sem lideranças proactivas que lutem pelo bem comum, afirma Rafael Marques

O jornalista e ativista Rafael Marques, director do portal Maka Angola, fez um chamado urgente para uma mudança profunda em Angola.

Em um artigo de opinião, Marques delineou uma visão crítica do estado atual do país, destacando a passividade e desmoralização dos cidadãos nacionais, a falta de liderança proativa, e um ambiente de desencanto generalizado entre a população.

No artigo, Marques critica a resposta do governo aos problemas sociais, marcada por distanciamento e insensibilidade, e questiona a eficácia das lideranças atuais, tanto no poder quanto na oposição. De acordo com Marques, os partidos políticos, incluindo o MPLA e a UNITA, falharam em apresentar um projeto de nação inclusivo e parecem estar mais preocupados com estratagemas pessoais e lutas pelo poder do que com o progresso do país.

Para contrariar essa tendência, Marques aponta a educação como a política mais estratégica do país e defende a necessidade de um novo modelo de ensino para promover o pensamento social, a geração de renda, e a autonomia individual dos cidadãos.

Além disso, ele propõe a criação de uma “terceira via”, um movimento liderado pela sociedade civil que supere os vícios dos partidos políticos tradicionais e promova uma verdadeira reforma institucional. Este movimento teria como foco a união em torno de uma causa comum e a valorização da vida humana.

Entre as medidas específicas sugeridas por Marques estão a formulação de uma nova Constituição que reflita a vontade popular, uma reforma do Estado para criar um Estado de Direito funcional, e uma reforma agrária que promova a produção alimentar interna e reduza a fome.

Este apelo por mudança vem em um momento crucial, e Rafael Marques conclama todos os angolanos a se envolverem na discussão e na ação coletiva para superar os desafios e iniciar um novo capítulo na história do país.

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