Perseguição de JLO à família dos Santos gera milhares de desempregos

Perseguição de JLO à família dos Santos gera milhares de desempregos

Em 2017, ainda candidato a Presidência da República, João Lourenço prometeu criar mais de 500 mil empregos. Quase três anos depois de ter assumido a liderança do Executivo angolano, mais pessoas ficaram desempregadas do que empregadas. O Presidente da República tem andado em contra mão com as promessas eleitorais que fez.

Recentemente a Folha de Inquérito Rápida (FIR), revelou que a taxa de desemprego no país subiu para 31,8 por cento no último trimestre do ano passado, mais 1,7 por cento do que no trimestre anterior. Isso significa que mais de 356 mil pessoas entraram para a lista de desempregados.

Da sociedade, têm vindo vários alertas de que a taxa de desemprego no país deverá continuar a aumentar, o que poderá aumentar focos de tensões sociais.

Além da baixa do preço do petróleo, principal fonte de receitas do país, a falta de uma visão estratégica por parte do Presidente, está a levar o país a ruína. O propalado combate a corrupção, que hoje mais do que nunca, está patente que visa apenas reduzir a insignificância o clâ dos Santos, já destruiu e ameaça destruir milhares empregos de jovens angolanos, que os conseguiram com muito sacrifício.

O ódio de JLo pela família do seu antecessor, tem levado a PGR a tomar medidas questionáveis, ameaçando milhares de postos de trabalho de jovens de classe baixa.

João Lourenço rescindiu centenas de contratos que o Estado tinha com empresas de Isabel, Tchizé, Filomeno, Paulino e Danilo dos Santos.

Banca, construção, imobiliário, logística, comunicação social e fornecimento à organismos do Estado, são os principais sectores afectados.

O aresta do Tribunal de Luanda decretado em Dezembro contra as empresas e participações de Isabel dos Santos, veio piorar a situação.

Como muitos analistas já previam, esta semana a rede de venda de alimentos a retalho, Candado, anunciou o despedimento de mil funcionários e o encerramento de algumas lojas. O impacto desta medida será maior, se foram tidos em conta os empregos indirectos, que dependiam destas lojas que vão agora ser encerradas.

Ao invés de se manter este arresto as empresas de Isabel dos Santos, que dada as limitações estão em risco de falir, o governo devia criar mecanismos de controlo de capitais que impedissem Isabel dos Santos vender ou retirar dinheiro do país, enquanto não saldar a dívida reclamada pelo Estado.

Se João Lourenço continuar a olhar para esta situação numa perspectiva emocional, poderá destruir ainda mais empregos. O governo precisa dialogar com Isabel dos Santos.

Goste-se ou não de Isabel, a questão essencial é: quem já foi capaz de criar o maior número de empregos na economia angolana?

Lourenço deve focar sua atenção na criação de condições que facilitem a iniciativa privada – não olhando para rostos  –  porque empregos não se criam por decretos mas através de reformas estruturais coerentes e inovadoras, que estimulem e a iniciativa privada e criem competitividade.

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