Recentes denúncias apontam para uma situação alarmante em algumas empresas chinesas que operam em Angola. Empresários chineses estão sendo acusados de recrutar jovens iletrados e sem documentos do sul do país, submetendo-os a condições de trabalho comparáveis à escravidão.
Relatos indicam que esses trabalhadores são mantidos em cárcere privado nas fábricas, sem direito a descanso, segurança, higiene, e forçados a trabalhar incessantemente, incluindo fins de semana, por salários que não ultrapassam os 30 mil kwanzas.
Há também alegações de exploração de trabalho infantil e de corrupção entre agentes do estado para silenciar a situação.
Câmara de Comércio Angola-China responde a denúncias de má conduta de empresários Chineses
Em resposta às recentes denúncias sobre a exploração de trabalhadores angolanos por empresários chineses, Luis Kupenala, Presidente da Câmara de Comércio Angola-China (CAC), esclareceu ao portal Confidence News que têm trabalhado no sentido de implementar na comunidade a cultura jurídica e afastou a possibilidade de os chineses acusados serem membros da CAC.
A CAC, em colaboração com órgãos ministeriais do Executivo, como a IGT, AGT, ANIESA e outros órgãos, trabalha para promover a cultura jurídica na comunidade empresarial.
As empresas membros são incentivadas a operar dentro dos limites legais e todos àqueles que atropelarem os pressupostos em causa, devem ser responsabilizados civil e criminalmente, sublinhou. Kupenala enfatizou que nem todos os chineses no país são membros da CAC e desconhecem as alegações divulgadas.