Aldemiro Vaz da Conceição simula saída do sector dos diamantes
Aldemiro Vaz da Conceição, até recentemente Director do Gabinete de Acção Psicológica e Informação da Casa de Segurança do Presidente da República vendeu recentemente em conjunto com a irmã do Presidente da República João Lourenço, as cotas que detinham na empresa Angola Diomond Corporation,ao empresário Guilherme Manuel Marques e a Carlos Abel da Costa Bettencourt.
Segundo um relatório da publicação África Monitor Intelligence, o principal accionista manteve-se a empresa TODIAFRICA – Empreendimentos e Participações, detida pelo português Paulo Jorge Mariano Domingos e Ana Bela Mateus Leitão, também ligados à empresa Hipermáquinas, de aluguer de maquinaria pesada e pedreiras, também presente em Moçambique.
De acordo com a fonte, Paulo Domingos é conhecido em meios empresariais sobretudo pela enorme discrição que observa. O seu principal projecto em Angola é uma fábrica de transformação de granito negro da Hipermáquinas no município da Chibia, província da Huíla.
Aquela publicação editada em Portugal escreve ainda que a sua inclusão na DICORP correspondeu à necessidade de obter um parceiro com competência técnica. A empresa é parceira da ENDIAMA no projecto diamantífero do Furi, na província da Lunda Norte, actualmente em fase de exploração.
A atribuição da concessão terá sido assegurada por Aldemiro Vaz da Conceição na fase final do mandato de José Eduardo dos Santos. Contudo, adianta a fonte, a mesmo deixando agora de ser directamente sócio da DICORP, Aldemiro manterá uma influência decisiva na empresa. Conforme apurado, Carlos Bettencourt , agora o segundo maior sócio, foi o representante de Aldemiro da Conceição na empresa após a sua criação e tem funcionado como seu “testa de ferro”.
Director do Gabinete de Quadros da Presidência no último mandato de JES, manteve também negócios na área da comunicação social, juntamente com Domingos Vunge, cujos interesses incluem o retalho (lojas Descontão).
Vunge esteve na Score Media (semanário Expansão), antes de o jornal passar a ser controlado pela família Madaleno. Mais tarde lançou a MediaRumo (jornal Mercado, Vanguarda e Revista Rumo, todos em estado de insolvência.