O Banco Nacional de Angola anunciou ontem a suspensão de participação no mercado cambial, por um período de 45 (quarenta e cinco) dias, do Finibanco.
A medida surge após uma inspecção do banco central, que visou aferir o grau de cumprimento da regulamentação referente à execução de operação cambiais, como os critérios para a classificação de operações de risco.
O BNA detectou várias violações e para a protecção do Sistema Financeiro Angolano, adoptou a medida ao banco detido por Carlos Feijó, Mário Palhares, José Leitão, Francisco Simão, banco Montepio de Portugal e outras entidades.
O Finibanco, segundo o BNA, não cumpre o dever de classificação do perfil de risco de clientes, assim como a justificação da proveniência dos fundos para a realização de operações cambiais de Manutenção de Pessoa Física e Viagens, bem como não cumpriu o dever de controlo da entrada de mercadorias, nas transacções de importação.
O Finibanco também não comunica à Unidade de Inteligência Financeira sobre operações suspeitas, como determina a lei.
Analisando o teor do comunicado do banco central, um especialista aventou a possibilidade do Finibanco ter sido usado para o cometimento de crimes financeiros e defendeu a intervenção da PGR.