Mau ambiente de negócios, alto custo de operações, falta de incentivos estatais e outros bloqueios são apontados como factores que determinam o abandono das companhias áreas e a busca de outros mercados, como Congo, Namíbia, Africa do Sul, Cabo Verde e São Tomé.
A isto, acrescenta-se o facto de as companhias estarem proibidas de estabelecerem bases noutras províncias, com excepção da TAAG, companhia estatal. Todos os voos das operadoras privadas devem partir de Luanda.
Nesta semana, a FLY Angola, maior companhia área privada de Angola, anunciou a suspensão temporária das suas operações que entrou em vigor desde 18 de Agosto de 2023. “É com uma combinação de pesar e frustração que anunciamos a suspensão temporária das operações”, lê-se num comunicado da FLY Angola, a que tivemos acesso.
Segundo o documento, a operadora diz que foi “forçada” a tomar esta decisão devido a uma série de desafios económicos-operacionais que vêm impactando significativamente as suas operações.
“A recente desvalorização do Kwanza em relação ao Dólar também contribuiu significativamente para nossa situação económica, refere a operadora, enfatizando que “a grande maioria dos nossos custos está indexada ao Dólar (outros países não o fazem), sendo impossível reflectir esse aumento nas tarifas, algo que gerou uma disparidade financeira que se tornou insustentável.”
Enquanto empresa aérea que não recebe subsídios estatais e que sofreu prejuízos incalculáveis, a FLY Angola foi obrigada a procurar rentabilidade noutras regiões para evitar a falência da companhia, lê-se no documento.
A SJL é outra companhia angolana e cessou as suas operações em Luanda e mudou-se para RDC
Até 2018, mais de 12 companhias privadas operavam em Angola, tendo agora desapareceram.
Fonte: Negócios de Angola