As exportações da China aumentaram 9,5% em agosto passado, em termos homólogos, ilustrando a rápida recuperação da segunda maior economia do mundo.
As exportações da China aumentaram 9,5% em agosto passado, em termos homólogos, ilustrando a rápida recuperação da segunda maior economia do mundo, após ter paralisado devido à pandemia do novo coronavírus, segundo dados das alfândegas chinesas.
Apesar das exportações terem superado as previsões de analistas, as importações caíram 2,1%, face a agosto de 2019, sinalizando uma recuperação desigual nas trocas comerciais entre a China e o resto do mundo.
No total, a balança comercial do país diminuiu para os 58,93 mil milhões de dólares (49,85 mil milhões de euros), depois de se ter fixado nos 62,33 mil milhões de dólares (52,66 mil milhões de euros), em julho passado.
O crescente “superavit” comercial ilustra a recuperação da China após o fim das medidas de prevenção contra a doença, tendo sido impulsionada pelas exportações e investimento, ao invés de um aumento significativo no consumo.
As exportações para os Estados Unidos aumentaram 20%, em agosto, em relação ao mesmo período do ano anterior, para 44,8 mil milhões de dólares (37,8 mil milhões de euros), enquanto as importações subiram 1,8%, para 10,5 mil milhões de dólares (8,8 mil milhões de euros).
A China alcançou um excedente comercial nas trocas com os EUA de 34,2 mil milhões de dólares (28,8 mil milhões de euros), em agosto, um aumento de 27% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
O comércio entre a China e os EUA é politicamente sensível, já que os dois países travam uma prolongada guerra comercial e tecnológica.
A lenta aceleração nas importações ocorre apesar dos esforços feitos pela China para cumprir os termos da primeira fase de um acordo comercial com Washington e de agosto ser um mês durante o qual se realizam grandes compras de soja e milho, dois bens agrícolas importantes nas exportações norte-americanas para o país asiático.
A China recorre frequentemente ao boicote na importação de determinados produtos, como forma de retaliação em disputas com países estrangeiros.
No último mês, o país asiático proibiu as importações de cevada oriunda da Austrália e abriu investigações “antidumping” sobre as exportações de vinho australiano. Pequim proibiu ainda parcialmente as compras de carne bovina australiana.
O governo da Austrália defendeu um inquérito independente sobre as origens da pandemia do novo coronavírus, que foi detetado pela primeira vez na cidade chinesa de Wuhan.
A queda das trocas comerciais entre a China e o resto do mundo, nos cinco primeiros meses do ano, fizeram com que, no conjunto, o comércio internacional chinês tenha encolhido 0,6%, entre janeiro e agosto, em termos homólogos.
FONTE: observador