Energias renováveis

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O polo de desenvolvimento industrial de Malanje, situado a menos de cinco quilómetros da cidade, é um dos projectos condenados ao fracasso por inexistência de energia e água, inviabilizando a instalação de empresas, indústrias para a sua operacionalização.

Aliás, este é o “bico –de-obra” dos vários pólos de desenvolvimento industrial espalhados um pouco por todo o País.

Com o desafio de crescimento e diversificação económica, o País precisa dar um salto qualitativo na aposta as energias renováveis, raras entre nós, dominada em grande medida pela energia hídrica em mais de 60%. Ora, produção mundial de energias renováveis cresceu em 2019, depois de estagnação, conclui a Agência Internacional de Energia (AIE), organização dependente da OCDE, que adianta num estudo que a produção energética procedente destas fontes pouco poluentes subiu 12% para um total de 200 gigawatts, com um acréscimo de 17% da energia solar.

Em relação a energia solar, o estudo da AIE refere que a desaceleração da produção na China, o principal mercado mundial, foi compensada pela expansão registada na União Europeia (UE), liderada por Espanha.

Em relação à eólica, o estudo revela um aumento de 15% das centrais terrestres para 53 gigawatts, a maior subida desde o ano recorde de 2015, graças a expansão da mesma nos Estados Unidos e na China.

Como é óbvio, as energias renováveis são o futuro, aliás, se o País pretender evoluir a

sua indústria, a pequena indústria transformadora, diversificar a sua economia e não só, deverá investir, ou seja, incentivar através de legislação própria as energias renováveis.

Não é por acaso que o director-geral da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), Francesco La Camera, disse em Janeiro último, na 10ª Assembleia Internacional das Energias Renováveis, que ainda faltam dez anos para cumprir o compromisso estabelecido na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Advoga que “temos energia renovável à nossa disposição hoje para tornar o futuro mais previsível, mais próspero, mais inclusivo e mais seguro”. Mais do que o discurso oficial, que não passa disto mesmo, o País deverá levar avante o projecto “Angola energia 2025, as linhas mestres das energias renováveis que necessita ser materializado na prática

Por: AGOSTINHO RODRIGUES

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