Acordos de Bicesse foram assinados há 32 anos entre Dos Santos e Savimbi

Esta quarta-feira, 31 de Maio, os angolanos recordam o dia da assinatura dos Acordos de Bicesse, há 32 anos, que previam o fim da guerra civil, a implementação do sistema democrático e a realização de eleições livres.

A UNITA reconheceu que os Acordos de Bicesse representaram uma viragem para o sistema democrático para o país, mas insistiu no diálogo permanente para o alcance de desafios comuns. O maior partido da oposição considerou que a data foi um marco importante para a transição do sistema monopartidário para o multipartidário, começando com a construção do Estado democrático e da economia de mercado.

Ao relembrar o mote que conduziu aos acordos, Marcial Dachala, porta-voz da UNITA, reconheceu que se precisou de trabalhar para a fusão e implementação de uma única tropa e de instituições republicanas, assim como de condições necessárias para o desenvolvimento do país.

“O 31 de Maio 1991 tem, deste modo, um significado histórico singular, porquanto os acordos de Bicesse representam o início da viragem do sistema monopartidário para o sistema multipartidário como premissa fundamental para a construção do Estado democrático de direito e economia de mercado”, indica o comunicado lido pelo porta-voz da UNITA.  Segundo Marcial Dachala, a UNITA homenageia os heróis conhecidos e os anónimos, defendendo o diálogo permanente para o alcance de desafios comuns.

“A UNITA rende homenagem a todos os heróis, conhecidos e anónimos, que deram as suas vidas pela democracia e pela paz. Desta feita, constitui dever sagrado das actuais e futuras gerações e a sua consolidação e aprofundamento. O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA apela a todos os grupos de interesses nacionais ao diálogo permanente, para o alcance das melhores soluções para os nossos desafios comuns”, descreve, ainda, o comunicado.

Os Acordos de Paz para Angola – Acordos de Bicesse, com os quais se pretendia pôr fim à guerra civil, foram assinados em 1991 no Estoril, entre o então presidente angolano, José Eduardo dos Santos, e o presidente da UNITA, Jonas Savimbi, e mediados pelo governo português, representado por Durão Barroso, na altura secretário de Estado dos Assuntos Externos e Cooperação.

RFi

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