Ao todo, mais de 47 mil jogos foram removidos da App Store num escalar das tensões entre a China e as operações da Apple no país.
A Apple removeu mais de 47 mil apps de jogos da sua loja de aplicações digitais, a App Store, na China. Como revela o The Verge, de acordo com uma reportagem do The Information, esta medida mostra que o governo chinês está a tornar ainda mais difícil a operação da Apple no país.
A decisão surge numa altura em que as tensões entre os EUA e a China estão a escalar pelo facto de empresas chinesa como a Huawei e a rede social Tik Tok terem sido banidas. Na China, inúmeras tecnológicas norte-americanas ou estavam excluídas ou operam com inúmeras restrições. A Apple, que ainda depende de fábricas neste país para fazer os seus produtos, vende produtos na China devido a lacunas nas leis chinesas, e dos responsáveis chineses, que permitem a sua operação.
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Recentemente, e para apaziguar as relações na China, a Apple mudou uma medida na sua loja de aplicações chinesa que impede que jogos pagos ou com conteúdos pagos pudessem estar disponíveis sem a aprovação dos reguladores chineses. Na sequência desta decisão, saíram estas dezenas de milhares de apps, como revela o The Information.
No passado, a Apple seguiu também as ordens chinesas e, em 2016, fechou as suas lojas digitais de livros e filmes, a iBookstore e o iTunes Movies, no mercado chinês. Para continuar a poder operar sem problemas na China, a Apple terá de ter um gestor maioritário chinês no país. Contudo, a empresa tem evitado esse cenário para não partilhar o código fonte do iOS, o seu sistema operativo móvel, revela o mesmo jornal.
O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou no início de agosto uma ordem executiva que proíbe todas as transações com a ByteDance, a empresa mãe chinesa da rede social TikTok, no prazo de 45 dias. Desde 2009 que um dos principais concorrentes do TikTok, o Facebook, está banido na China continental, por exemplo.
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Trump fala de uma “emergência nacional” e acusou a rede social TikTok de espionagem de utilizadores norte-americanos em nome de Pequim. O mesmo tem sido afirmado para impedir o negócio de outras tecnológicas chinesas, como a Huawei ou a ZTE, mais uma razão para o acentuar das tensões entre países.
FONTE: observador