“Enteados” do poder? (Parte 1)
Em certos circulos da sociedade, especula-se que João Lourenço esteja a marginalizar determinados empresários do centro/sul do país. Embora não se saiba os reais motivos, uma fonte acredita que a proximidade com o anterior presidente tenha relação.
Elias Piedoso Chimuco, empresário de 51 anos de idade, natural do Cuando Cubango é fundador do Grupo Chicoil.
Com negócios que vão da banca, transportes, segurança privada, hotelaria, construção civil e ensino, o empresário viu diminuir de mais 3 mil para pouco menos de mil o número de colaboradores do grupo. O que demostra uma queda brutal nos seus negócios.
Como o mal nunca vem só, em Outubro 2019 foi afastado do parlamento, onde era deputado pelo MPLA .
O político foi eleito pelo circulo provincial do Cuando Cubango em 2017, seu nome constava na lista de suplentes.
Enquanto Pedro Mutindi, o primeiro da lista exerceu funções governativas, Chimuco o substituiu. Quando foi exonerado do cargo de governador do Cuando Cubango, Mutindi, regressou ao parlamento e ocupou o seu lugar.
Com actividades em pelo menos 10 províncias de Angola, é no centro/sul que o grupo Chicoil detinha alguma expressão.
O Presidente Honorário & Fundador como é tratado no grupo, Elias Chimuco foi próximo da família dos Santos, da qual ajudou a cuidar alguns negócios, de acordo com a fonte. Já aspirou ser governador da sua terra natal Cuando Cubango mas a mudança de inquilino na Cidade Alta, “atrapalhou” o percurso que lhe conduziria a este posto, revelou.
Os últimos anos não têm sido bons para este empresário do MPLA, que além de pouco contacto com o poder anda mergulhado em diívdas milionárias.
Elias Chimuco, recebeu um empréstimo de 435 milhões de dólares, sem que haja indícios de que os vá restituir, de acordo com o site Maka Angola.
Por apurar, está o valor de uma dívida que o empresário contraíu há algum tempo ao Banco Angolano de Investimentos.
Sabe-se que o sector hoteleiro é um dos que mais prejuízos trouxe ao empresário e politico. A banca, onde partilha interesses com o político como João Ernesto dos Santos, também não tem produzido bons resultados.
Em 2019 cricularam informações de uma aproximação entre Chimuco e o multimilionário chinês, Jack Ma. Co-fundador e presidente executivo da Alibaba Group, Jack Ma, foi considerado pela revista Forbes como o homem mais rico da China e o sexto no mundo.
O empresário angolano pretendia trazer o chinês para investir em Angola, o que a acontecer lhe daria uma lufada de ar fresco. Até ao momento, pouco se sabe do desfecho desta aproximação.
Filantropo, Elias Piedoso Chimuco criou cerca de 8 anos a Fundação Piedoso, que na vigência do mandato de JES foi declarada instituição de utilidade pública, o que lhe garante alguma fatia do OGE.
Elias Chimuco, é cônsul honorário da República da Namíbia em Angola, desde 2011. Segundo a nossa fonte, se as portas da Cidade Alta não se abrirem, Elias Chimuco pode vir a encerrar empresas e a despedir mais colaboradores em Angola.
“Enteados” do poder? (Parte 1)
“Enteados” do poder? (Parte 1)