Governador de dia, empresário durante a noite e final de semana

Quando foi nomeado, em 12 de setembro de 2018, pelo Presidente da República João Manuel Gonçalves Lourenço, já a oposição e sectores da sociedade civil huilenses, tinham alertado para o possível conflito de interesses, do empresário e actualmente governador da Huíla, Luís da Fonseca Nunes.

Com uma fortuna estimada em mais de mil milhões de dólares americanos segundo a Angop, tem sido referenciado como sendo um dos maiores empresários da região centro e sul de Angola, detendo participações em 12 empredas dos sectores a agro-indústria, madeira, construção e engenharia civil.

Na OMATAPALO – das maiores empresas de construção civil a operar na região centro e sul do país, é onde as suspeitas de conflitos de interesses se adensam.

Em finais de 2019, o deputado David Mendes, em entrevista ao jornal OPaís, acusou o governar Luís Nunes, de estar em conflitos de interesses por estar a fazer negócio consigo mesmo. Em causa, estavam as obras de restauro que a cidade do Lubango estava a beneficiar, no âmbito do Programa de Recuperação das Infra-estruturas Integradas, avaliadas em 212 milhões de dólares, cuja execução esteve a cargo do consórcio IMOSUL e OMATAPALO, da qual o governador é sócio.

Na ocasião, David Mendes disse tratar-se de “uma atitude ilegal”, argumentando que ninguém pode fazer negócio consigo mesmo, sobretudo um funcionário público, como é o caso do governador Luís Nunes.
Ele (governador), referiu o jurista, está a se aproveitar das suas funções governativas para se favorecer.
O silêncio suspeito de João Lourenço
De acordo com o deputado, a lei da proidade pública não permite que um gestor público faça negócio consigo mesmo. O caso da Huíla, leva-o a suspeitar que “o próprio Presidente da República esteja envolvido nisso.”
O deputado, disse ainda que é inaceitável que um Presidente saiba que há um empresário que está a fazer negócio consigo mesmo e o exalte publicamente. “Ele (governandor) tinha que tomar uma posição, deixar de ser empresário, ou mandar gerir o negócio”.
Ainda em finais de 2019, nas redes sociais, o jornalista Carlos Alberto, sugeriu que a PGR insvestigasse denúncias de que Luís Nunes e João Lourenço, são sócios na empresa OMATAPALO.

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