O Presidente da República anunciou ontem (29 de maio), durante um encontro alargado com membros da sociedade civil sobre o impacto da Covid-19 na economia, a criação do Conselho de Concertação Económica, órgão que poderá integrar figuras da Economia, Direito e Sociologia.
Estamos em condições de evoluir, rapidamente, para a criação do Conselho de Concertação Económica, disse o João Lourenço, acrescentando que tão logo este seja criado, o executivo passará a ter “um instrumento bastante inclusivo ao serviço dos órgãos de decisão em matéria de política económica”.
O chefe do Executivo, defendeu no encontro, a necessidade do país promover o aumento, com rapidez e eficácia, da produção nacional, com a qual será possível conhecer um maior incremento dos níveis de emprego, do rendimento dos cidadãos e das famílias angolanas.
O discurso do presidente não colheu simpatias em muitos sectores da sociedade angolana, que expressaram desacordo em vários meios de comunicação.
Segundo o academico Josué Chilundulo, o país não precisa de mais comissões mas sim e somente de vontade para fazer. Para este economista, se a atenção e o empenho no combate a COVID-19 fossem iguais para os sectores como agricultura, pescas, turismo, cultura, hotelaria, educação e outros, incluindo o da saúde, o país teria resolvido muitos problemas.
De acordo com Tonet, o presidente demostrou que não tem um plano concreto de governação e afirmou que esse tipo de encontros “seriam importantes se o presidente tivesse a noção de reunir-se com o país real”.
Referindo-se aos convidados do presidente, o jornalistas Ilidio Manuel questionou no seu mural se «Sociedade Civil organizada» é aquela que abraçou as normas da «democracia orientada e disciplinada», enquanto que outro jornalista, Alexandre Solombe, referiu que depois “deste encontro de JLo, um novo conceito de Sociedade Civil entra no léxico das Ciências Sociais”.
