O Presidente da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, apresentou um balanço positivo do seu mandato como Presidente em Exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) durante a Cimeira da Troika do Órgão de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança, realizada na capital do Zimbabué, Harare.
Lourenço destacou os progressos obtidos nos esforços de pacificação e estabilização da região, com ênfase especial no Leste da República Democrática do Congo (RDC).
Em seu discurso, João Lourenço sublinhou as conquistas obtidas através dos processos de mediação que liderou, nomeadamente no âmbito do “Processo de Luanda”. O estadista angolano mencionou as reuniões ministeriais entre a RDC e o Ruanda, realizadas em março e julho de 2024, que resultaram em acordos significativos, como a cessação das hostilidades e a entrada em vigor de um cessar-fogo a partir de 4 de agosto de 2024.
O Presidente angolano destacou a importância do Plano de Neutralização das Forças Democráticas de Libertação do Ruanda (FDLR) e do Desengajamento das Forças, enfatizando que, embora ainda existam desafios, há um compromisso contínuo para garantir a implementação desses acordos. Lourenço também revelou que uma nova reunião ministerial está agendada para 20 de agosto em Luanda, onde se espera discutir e negociar um acordo de paz definitivo com a participação dos Chefes de Estado da RDC, Ruanda e Angola.
Ao refletir sobre o impacto de sua liderança na SADC, João Lourenço louvou o espírito de unidade e cooperação que tem prevalecido entre os membros da organização, destacando o papel decisivo da Missão da SADC na RDC para apoiar a soberania e a integridade territorial do país e reafirmou a necessidade de manter esse espírito colaborativo para que a região possa continuar avançando em direção à paz, segurança e desenvolvimento sustentável.
O Presidente encerrou seu discurso agradecendo aos membros da Troika pelo seu compromisso e esforço na busca por uma região mais pacífica e estável, reiterando a disposição de Angola em continuar a trabalhar incansavelmente pela pacificação total da região.