A disputa da fronteira marítima entre Angola e a República Democrática do Congo, que remonta há vários anos, ganhou um novo impulso desde Março.
De acordo com uma fonte do Confidence News, o Presidente da República Democrática do Congo Felix Tshisekedi, cansou-se da falta de seriedade de Angola, em assumir um compromisso sério sobre a delimitação da fronteira marítima.
A grande preocupação de Tshisekedi é resolver o problema da plataforma petrolífera continental na bacia do Congo, afim de alargar a sua extensão territorial nesta zona que se encontra em litígio há anos.
Actualmente Angola explora na zona em disputa cerca de 500 mil barris de petróleo por dia, contra 20 mil da RDC. Um número que o Congo Democrático pretende inverter.
Fontes da Presidência da RDC, afirmam ao Confidence News, que as relações político-diplomáticas entre os dois países encontram-se no nível mais baixo dos últimos dez anos.
Para fazer frente à Luanda, Kinshasa conta com apoio de Paris e esta preste a ganhar atenção de Washington, através de lobistas israelitas. Aliás o Presidente da RDC, conta desde Fevereiro passado com assessoria de empresas de segurança de Israel para estabilizar o País, afectado por conflitos armados de a longos anos.
A Israel poderá fornecer drones a RDC para vigiar as suas fronteiras incluído as águas territoriais disputadas com Angola.
As nossas fontes asseguram que Angola prejudicou durante muitos anos a RDC, desta vez o Presidente Tshisekedi não poderá se vergar a Luanda, uma vez que tem fortes aliados internacionais que se comprometeram apadrinhar este conflito com Angola.
As relações entre Angola e RDC começaram a deteriorar-se nos últimos anos dos mandatos de Kabila e dos Santos. Com a eleição de João Lourenço, em Angola e Tshisekedi no Congo, esperava-se que houvesse melhorias. Os dois presidentes chegaram a ter um romance no princípio, mas não durou por muito tempo, devido às diferenças insanáveis e pressões dos lobbies internacionais que consideram que Angola tem tirado vantagens do Congo há anos.