Nourredine Adam, líder de um grupo armado de ex-rebeldes do grupo predominantemente muçulmano Séléka, é procurado por crimes alegadamente cometidos enquanto era ministro da Segurança em 2013, disse o TPI através de uma declaração.

Os procuradores no tribunal global acusaram Mahamat Nouradine Adam de crimes – incluindo tortura, perseguição, desaparecimentos forçados e tratamento cruel – em dois centros de detenção na capital, Bangui.

Um juiz que analisou as provas que os procuradores apresentaram para apoiar o seu pedido de mandado de detenção escreveu que era “suficiente para estabelecer motivos razoáveis para acreditar que Adam tem responsabilidade criminal individual pelos crimes” enumerados no seu mandado.

Os procuradores dizem que Adam fez parte do governo da RCA em 2013, após o grupo predominantemente muçulmano Séléka ter tomado o poder e forçado o então Presidente, François Bozizé, a abandonar o cargo.

As milícias cristãs, conhecidas como anti-Balaka, ripostaram, visando os civis e forçando a maioria dos residentes muçulmanos da capital, Bangui, a fugir.

A luta entre os dois grupos deixou milhares de mortos e deslocou centenas de milhares, em 2013 e 2014.

Dois alegados comandantes anti-Balaka – Alfred Yekatom e Patrice-Edouard Ngaïssona – já estão a ser julgados no TPA e um outro foi entregue ao tribunal no início deste ano.

Um alegado comandante de Séléka, Mahamat Said Abdel Kani, tinha sido entregue ao tribunal no ano passado, estando o seu julgamento agendado para setembro.