Manuel Homem ou Isaac dos Anjos apontados como favoritos caso JLo não consiga apoios para terceiro mandato

Uma previsão de momento considerada consistente em relação à figura pela qual João Lourenço se inclinaria como seu sucessor, em caso de inviabilidade dupla das vias político-legal ou emergencial de prorrogação do seu mandato, sugere que a escolha recairia em Manuel Homem actual governador provincial de Luanda.

Em círculos ainda muito restritos do regime começa, porém, a ser apontado outro nome, o de Isaac dos Anjos, como provável “cabeça de lista” do MPLA às eleições de 2027 de acordo com o Africa Monitor.

Segundo a publicação, Lourenço tem efectiva vontade de estender o seu “consulado” presidencial a um novo mandato (ou mais). Fontes do governo e da sociedade divergem, porém, no que se refere à existência de condições, presentes e futuras que permitam a Lourenço levar por diante o seu propósito, descrito como “latente”. A hipótese do “3ºmandato”, cada vez mais admitida na abordagem evasiva que o próprio publicamente faz do assunto, é considerada ilustrativa da sua vontade.

Para se apresentar como candidato a novas eleições presidenciais, ordinariamente previstas para 2027, João Lourenço tem de conseguir alterar a disposição da constituição que limita a dois, sucessivos, os mandatos presidenciais. Para aprovação parlamentar de uma tal alteração é exigida uma maioria de 2/3, de que o Grupo Parlamentar do MPLA não dispõe; e para formação da qual teria de contar como voto de 23 deputados da oposição. Na suposição de que a FNLA, PRS e PHA poderão votar a favor (dois votos cada um), seriam ainda necessários 17 votos, estes oriundos do Grupo Parlamentar da UNITA. (Ler notícia Regime estuda alternativas para prolongar mandato de JLo)

Nos órgãos de direcção do MPLA são maioritárias as alas que o apoiam– um facto remetido para o alargamento a que procedeu no Comité Central (CC), que passou de cerca de 300 membros para 700. Os novos membros, em geral apoiantes de JL, são na sua maior parte jovens sem notoriedade social ou política. A ala que não o apoia, mais por omissão do que por afirmação, é constituída por quadros mais influentes, muitos deles devido ao seu perfil político.

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