O ministro angolano da Energia e Águas, João Baptista Borges no cargo há mais de dez anos, está sob vigilância das autoridades norte americanas.
Fonte bem posicionada no departamento de Estado, avançou ao Confidence News, que sob o radar do Departamento do Tesouro americano, estão várias individualidades angolanas mas com destaque a João Baptista Borges, responsável pela execução de alguns projectos financiados pelo Banco Mundial e o Banco de Desenvolvimento Africano que têm os Estados Unidos como maiores acionistas.
Borges terá despertado atenção de Washington, devido a várias contas em paraísos fiscais com milhões de dólares detidas por familiares e pessoas próximas, identificadas como seus testas de ferro.
Para os Estados Unidos, o beneficiário efectivo deste dinheiro é o Ministro da Energia e Águas. Washington quer prevenir que os fundos cedidos à Angola pelo Banco Mundial, não sejam desviados para fins inconfessos.
A nossa fonte, revelou que o Departamento de Tesouro estadunidense, solicitou informações ao Departamento de Estado, depois que surgiram várias denúncias sobre actos ilícitos do ministro da Energia e Águas e seus familiares.
Fez saber, a fonte, que do departamento de Estado saiu um parecer negativo sobre a aplicação de linhas de crédito do BM à Angola.
O Departamento do Tesouro solicitou ao Banco Mundial que avaliasse a idoneidade das empresas que executam os programas financiados por esta instituição em Angola. Os Estados Unidos são os maiores investidores do Banco Mundial e do Banco Africano de Desenvolvimento e têm todo interesse em saber se o seu dinheiro está a ser aplicado correctamente, explicou a fonte.
Só este ano o Banco Mundial aprovou um financiamentos superiores a mil milhões de dólares para três projectos estruturantes angolanos dos quais, 320 milhões de dólares destinados ao Projecto de Fortalecimento do Sistema de Protecção Social, 500 milhões de dólares para Operação de Apoio Orçamental e igual montante (500 milhões de dólares) para Projecto de Água Bita.
Embora no campo diplomático os EUA, apoiam o combate à corrupção em Angola, Washington, começou a duvidar da capacidade de João Lourenço em concretizar esta luta. Os analista de várias agências norte-americanas, não entendem as razões que motivam João Lourenço a manter no seu governo figuras com reputação duvidosa.