É dia de eleições na Namíbia. Cerca de um milhão e meio de eleitores são chamados às urnas para escolher o Presidente e o Parlamento. Desde a independência do país em 1990, o antigo movimento de libertação, Swapo, venceu sempre os escrutínios.
Durante 30 anos, o lema que se ouvia na Namíbia era “a Swapo é a nação, a nação é a Swapo”, no entanto, desta vez, a votação não parece tão desequilibrada.
Em 2019, a Swapo tinha atingido um recuo histórico, passando de 86 para 56% dos votos a favor do falecido Presidente Hage Geingob, isto sem esquecer a perda de 14 dos seus 77 assentos na Assembleia.
Este ano, após a morte do Presidente eleito, Nangolo Mbumba tomou o poder, visto que era o vice-presidente do país.
No entanto, Nangolo Mbumba não se candidatou e deixou via abertura para a eleição da primeira mulher como Presidente, Netumbo Nandi-Ndaitwah, de 72 anos.
Os problemas da sociedade namibiana, com uma forte taxa de desemprego, são as principais preocupações da população. A metade dos eleitores tem menos de 30 anos e procura respostas às suas preocupações.
No leque de 14 outros candidatos, Panduleni Itula, antigo dentista e advogado de 67 anos, formou o partido dos patriotas independentes.
Em 2019, Panduleni Itula alcançou 29% dos sufrágios, e, entretanto, o seu partido venceu as eleições locais em duas das três maiores cidades do país desde 2020.
O outro adversário é McHenry Venaani, de 47 anos, do maior partido da oposição, o PDM, Movimento Popular Democrático. Em 2019, ele tinha alcançado o terceiro lugar nas Presidenciais e a segunda posição no Parlamento.
De referir que, se houver uma segunda volta, terá de ter lugar, no máximo, nos 60 dias, após a primeira volta.
Fonte: RFi