A luta do ex-Presidente sul africano pela liberdade e pelos direitos humanos faz dele a pessoa mais influente entre a juventude africana, de acordo com um inquérito realizado em todo o continente.
A luta do ex-Presidente sul-africano Nelson Mandela pela liberdade e pelos direitos humanos faz dele a pessoa mais influente entre a juventude africana, de acordo com um inquérito realizado em todo o continente.
O legado de Mandela está vivo, sete anos após a sua morte, de acordo com uma sondagem realizada aos jovens em 14 países africanos, na qual 86% dos inquiridos afirmaram que os seus valores ainda hoje são relevantes.
Estes resultados do inquérito foram divulgados hoje, na véspera do aniversário de Mandela, pela Fundação da Família Ichikowitz.
A posição de Mandela contra a desigualdade é pertinente para ajudar os africanos a combater a covid-19, que está a crescer em toda a África do Sul e no continente, disse a Fundação Nelson Mandela, que se congratulou com as conclusões do levantamento.
“A pandemia expôs as grandes desigualdades em todo o mundo, as lacunas gritantes entre os que têm e os que não têm, e muitos em África confrontam-se com a sobrevivência ameaçada devido à falta de acesso aos cuidados de saúde”, disse Luzuko Koti, porta-voz da fundação.
De acordo com os resultados do inquérito, 55% dos inquiridos afirmaram que Mandela, mais do que qualquer outro, teve o maior impacto em África.
A sondagem questionou 4.200 jovens homens e mulheres de 18 aos 24 anos na República do Congo, Etiópia, Gabão, Gana, Quénia, Nigéria, Mali, Maláui, Ruanda, Senegal, África do Sul, Togo, Zâmbia e Zimbabué.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) fará a palestra anual dedicada a Mandela no sábado, aniversário do Prémio Nobel da Paz.
Hoje, foi prestada a última homenagem à filha de Mandela, Zindzi, que morreu esta semana num hospital de Joanesburgo. Embora a sua causa de morte não tenha sido anunciada, o seu filho disse à emissora estatal da África do Sul que Zindzi acusou covid-19 no dia da sua morte.
O Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa elogiou a sua família por ter feito esta revelação.
“Este é um vírus que nos afeta a todos e nunca deveria haver qualquer estigma em torno das pessoas que são infetadas”, disse o chefe de Estado através de uma declaração.
A África do Sul tem agora o sexto maior número confirmado de casos do novo coronavírus do mundo, com quase 325.000 infeções.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 590 mil mortos e infetou mais de 13,83 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
fonte: Observador