UNITA condena com “repulsa” ataques contra africanos na China

A UNITA, maior partido da oposição de Angola, condenou e repudiou “com a maior repulsa” actos de chineses contra africanos residentes na China devido à covid-19.

Em comunicado, o Comité Permanente da Comissão Política da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) considera “ignóbeis atos atentatórios à dignidade da pessoa humana” os relatos de desavenças, “alguns graves”, entre chineses e membros da comunidade africana no país asiático.

A UNITA apelou ao executivo de Angola que tome todas as medidas necessárias de proteção e segurança das vidas dos angolanos que, por diversos motivos, estejam, neste momento, na China.

A segunda força política de Angola solidarizou-se com o conteúdo da carta de protesto dos embaixadores africanos, em Pequim.

“Com o mesmo propósito, incitar o executivo do nosso país a uma urgente concertação, no quadro da União Africana, tendo em vista a tomada de uma firme posição comum que ponha cobro, e já, a esta crueldade dos chineses contra os africanos”, refere a UNITA no comunicado.

O maior partido da oposição angolana reforça que se este quadro prevalecer na China, “vai prejudicar dramaticamente os colossais interesses entre a República Popular da China e África, relações que se querem adultas e mutuamente vantajosas”.

A UNITA recorda que aquele país asiático desempenhou um papel ativo de solidariedade para com o movimento nacionalista africano nas décadas de 1960 e 1970 do século XX e é-lhe !grata por ter beneficiado desta veia progressista da República Popular da China”.

De acordo com o comunicado, o relacionamento sino-africano conheceu depois desenvolvimentos que levam chineses a estabelecerem-se em África e africanos a residir na China, movidos por interesses individuais, coletivos ou de representação de Estados.

Autoridades africanas confrontaram publicamente a China por alegados maus-tratos a cidadãos africanos em Cantão, que os Estados Unidos dizem também terem visado afro-americanos.

De acordo com a Associated Press (AP), houve relatos de africanos que dizem ter sido afastados e discriminados num centro comercial devido ao medo do novo coronavírus.

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