Vera Daves paga um milhão em assessoria com ex ministros portugueses

A ministra das Finanças contratou dois ex ministros portugueses das Finanças, que lideraram Portugal no início da crise para, a auxiliarem neste período que Angola atravessa, soube o ConfidenceNews.

Tratam-se do economista Vítor Gaspar, ministro das Finanças de Portugal entre 2011 e 2013, que ficou famoso por causa da expressão “enorme aumento de impostos”, actualmente Director do Departamento dos Assuntos Orçamentais do Fundo Monetário Internacional. E de Maria Luís Albuquerque, economista, que substituiu Vítor Gaspar na função em 2013, no governo de Pedro Passos coelho.

Dos dois, Vera Daves tem recebido orientações, das quais, uma que aponta para a criação na estrutura do Ministério das Finanças de um secretário de Estado para os assuntos fiscais, a ser nomeado brevemente.

Fontes do ConfidenceNews apontam o nome de Emílio Londa, para ocupar o cargo. No entanto, para estes serviços, estima-se que o Ministério vai gastar perto de um milhão de Euros como pagamento dos serviços de consultoria.

No cargo desde 9 de outubro de 2019, Vera Esperança dos Santos Daves – primeira mulher a dirigir o ministério, deve sua ascensão a influência do seu mentor Archer Mangueira, que a “retirou” do banco Atlântico onde era funcionária para a Comissão de Mercados de Capitais e depois para o Ministério das Finanças.

Nos últimos tempos, de acordo com fonte próxima, a jovem ministra, rompeu os laços com o seu mentor para evitar interferências na sua gestão.

Verá Daves, aponta a fonte, quer seguir um caminho diferente dos seus antecessores, e tem procurado aconselhamento de pessoas que lideraram seus países em epócas de crise e conseguiram ter sucesso.

A ministra, realça, quer deixar a sua marca como sendo por revolucionar as finanças de Angola em epóca de crise.

A equipa económica de que faz parte tem sido “muito” criticada pelo seu fraco desempenho. Vários apelos apelos têm sido feitos ao Presidente da República para que exonere o ministro da Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior.

Recordar que a comissão económica do Conselho de Ministros angolano apreciou a proposta de lei que aprova o Orçamento Geral do Estado revisto para 2020, “forçada” pela brusca descida do preço do petróleo e pela pandemia da COVID 19, que praticamente paralisou a economia do país.

Em nota o Minfin diz não ter contratado estas entidades.

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