WhatsApp revela que empresa israelita espiou jornalistas e membros da sociedade civil

A informação foi avançada pela empresa pertencente à Meta ao Guardian e revelou que as pessoas em questão foram avisadas para possíveis falhas de segurança nos respetivos telemóveis e que tem certeza sobre o facto de terem sido feitas alvos por parte de Israel.

O WhatsApp explicou ainda que o ataque aconteceu sem que os utilizadores tivessem de clicar em links maliciosos mas não revelou a localização daqueles que foram afetados.

A Paragon Solutions é israelita e tem ligações aos Estados Unidos. Em outubro de 2024, a empresa tornou-se notícia depois de a revista Wired ter revelado que fez um acordo milionário com a divisão norte-americana de investigação da Imigração e Controlo Aduaneiro. Um negócio que depois de noticiado teve de ser escrutinado devido às diretivas da Administração Biden sobre utilização de spyware.

O WhatsApp revelou também que enviou uma carta à Paragon Solutions para “parar e desistir” as suas ações de spyware e que estava a estudar todas as opções judiciais que podia vir a acionar. A empresa da Meta disse ainda que os ataques foram travados em dezembro não se sabendo se mais pessoas foram alvos.

“O WhatsApp travou uma campanha de spyware levada a cabo pela Paragon que espiou um número de pessoas incluindo jornalistas e membros da sociedade civil. Contactámos diretamente as pessoas que acreditamos terem sido afetadas. Este é o último exemplo de como as empresas de spyware devem ser responsabilizadas pelas suas ações fora da lei. O WhatsApp vai continuar a proteger a capacidade de as pessoas comunicarem em privado”.

Palavras de um porta-voz da empresa sobre uma empresa cujo spyware é conhecido como Graphite. Assim que um telemóvel fica infetado com o spyware o operador do software tem total controlo sobre o telemóvel e pode, inclusivamente, ler mensagens em aplicações encriptadas, tal como acontece com o WhatsApp.

A empresa diz acreditar que as pessoas foram afetadas depois de adicionadas a um grupo em que abriram um ficheiro PDF e afirmou que tem praticamente a certeza de que a Paragon está ligada ao ataque.

Fonte: RTP

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