BAD aceita pedido dos EUA e lança investigação externa à gestão do presidente
O BAD concordou com o secretário de Estado das Finanças dos EUA, que defendeu uma investigação externa por ter “profundas preocupações” com o relatório original que ilibou Adesina de favorecimento.
De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, a direção do BAD concordou com o secretário de Estado das Finanças dos Estados Unidos, que defendeu uma investigação externa por ter “profundas preocupações” com o relatório original que ilibou Adesina de favorecimento e de nepotismo na gestão desta instituição multilateral financeira.
Ao pedido dos Estados Unidos juntou-se a Suécia, a Noruega e a Dinamarca, para além de outros países não identificados no artigo da Bloomberg, que cita duas pessoas que conhecem a decisão, que ainda não foi anunciada oficialmente, e que pode obrigar Adesina a afastar-se da liderança do banco até à conclusão do processo.
A Lusa questionou o BAD sobre esta decisão, mas sem resposta até ao momento.
O presidente do BAD foi acusado por um grupo de denunciantes funcionários do banco de entregar contactos a conhecidos e de nomear parentes para posições estratégicas no BAD, o maior banco multilateral africano.
As críticas dos EUA, três meses antes da assembleia-geral que escolherá o novo presidente, surgem na sequência dos comentários do presidente do Banco Mundial, David Malpass, em fevereiro, segundo os quais os bancos de desenvolvimento multilaterais, entre os quais o BAD, tendem a dar empréstimos demasiado depressa e, no processo, aumentam os problemas dos países africanos com o endividamento.
O BAD refutou estas alegações e exemplificou que a Nigéria, um dos países citados por Malpass, tinha recebido mais empréstimos do Banco Mundial do que do banco africano, e classificou as declarações como “erradas e sem correspondência aos factos”.
Os funcionários do BAD que lançaram uma queixa contra o seu presidente e defenderam a necessidade de uma “investigação independente”, depois de o comité de ética ter arquivado as acusações.
De acordo com aquela agência noticiosa, o documento foi enviado aos governadores do banco, no princípio de maio, e surge depois de o comité de ética do banco ter considerado que as queixas contra Akinwumi Adesina, de favorecimento e prepotência, entre outras, não tinham provimento.