O balanço das chuvas em Angola, nas últimas 24 horas, aponta para um total de cinco mortos, todos membros de uma família, na província do Cuanza Norte, anunciou o porta-voz do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros.
Félix Domingos disse que também as províncias do Moxico, Cabinda e Cuanza Sul registaram fortes chuvas, com ruas intransitáveis e casas inundadas, sublinhando que a província de Luanda foi a que apresentou um quadro bastante preocupante em termos de infraestruturas.
As mortes foram registadas no município do Cazengo, província do Cuanza Norte, na sequência do desabamento de uma parede, esclareceu.
O porta-voz do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros frisou que são atípicas as chuvas que caem este mês em quase todo o país, “porque não tem sido habitual”, sendo que as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica de Angola apontam “que vai chover bastante” e haverá ventos fortes.
Em Luanda, capital angolana, o comandante provincial adjunto do Serviço de Proteção Civil e Bombeiros, Bravo Mendes, destacou que as enxurradas das últimas 24 horas não provocaram mortes nem feridos, como geralmente acontece, principalmente por afogamento, arrasto ou eletrocussão.
“Não é normal que no mês de novembro aconteçam chuvas com o volume e intensidade que temos vindo a registar, foram praticamente 12 horas de chuvas entre moderadas a intensas e afetou todo o território da província de Luanda”, referiu.
Bravo Mendes disse que os números preliminares, que continuam a ser atualizados, dão conta de 2.056 residências inundadas, o que afetou mais de 10.000 pessoas, 92 vias obstruídas, intransitáveis e alagadas, havendo também o registo de inundações de igrejas, hospitais, esquadras, escolas, num total de 16 infraestruturas.
O município mais afetado é o de Viana, seguido do Kilamba Kiaxe e Talatona.
Por sua vez, o vice-governador de Luanda para o Setor Técnico e Infraestruturas, Cristino Ndeitunga, sublinhou que as fortes chuvas deixaram fortes desafios às autoridades ligados às inundações das vias, sobretudo secundárias e terciárias, mas também as estruturantes, designadamente a residências e acessos a serviços sociais.
Segundo Cristino Ndeitunga, estão a ser realizados trabalhos intensos no âmbito do programa de saneamento básico da província, com intervenções nas bacias de retenção para aumentar a sua capacidade e as condições da sua descarga em caso de sobrecarga.
Fonte: Lusa